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Mikhail Khodorkovsky ajudará outros presos políticos

O presidente Vladimir Putin assinou na manhã de sexta-feira, para surpresa geral, um indulto de seu inimigo, citando razões humanitárias

Mikhail Khodorkovski: "Farei todo o possível para que não reste mais ninguém" nos cárceres russos, ressaltou o opositor ao governo russo (WIKIMEDIA COMMONS)
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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 17h43.

O ex-magnata do petróleo e opositor russo Mikhail Khodorkovsky declarou neste domingo, dois dias após sua libertação, que não retornará a seu país e que tentará ajudar outros "presos políticos" na Rússia.

O presidente Vladimir Putin assinou na manhã de sexta-feira, para surpresa geral, um indulto de seu inimigo, citando razões humanitárias.

Mikhail Khodorkovsky, de 50 anos, chegou sexta-feira em Berlim poucas horas depois de ser libertado do campo de detenção na cidade de Segezha, na região de Carelia (noroeste), após dez anos de prisão.

Neste domingo ele agradeceu a chanceler alemã Angela Merkel por ter contribuído por sua libertação.

Ele também indicou que as autoridades russas não deram "a opção" para que permanecesse em seu país, e afirmou ser contra o boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

"Não tive outra opção", declarou durante uma coletiva de imprensa em Berlim.

"Eu mesmo desconheço muitos aspectos da minha libertação", acrescentou, pedindo aos governos ocidentais que "lembrem que eu não sou o último preso político na Rússia".

"Farei todo o possível para que não reste mais ninguém" nos cárceres russo, ressaltou.

A rapidez de sua partida para Berlim já havia alimentado a tese de um exílio forçado, ainda que um porta-voz de Vladimir Putin tenha desmentido categoricamente esta possibilidade.


Khodorkovsky é "livre para voltar para a Rússia. Absolutamente", assegurou no sábado à AFP o porta-voz Dmitri Peskov.

O ex-magnata havia escrito duas cartas à presidência, uma formal solicitando o indulto e outra pessoal.

Em relação aos Jogos Olímpicos de Sochi, Khodorkovsky declarou que uma "festa do esporte como esta não pode ser estragada", mas considerou que tampouco deveria ser transformada "em uma festa de Vladimir Putin".

Ele destacou ainda que Merkel "fez todo o possível para que eu fosse libertado" e precisou fazer com que me concedessem um visto de um ano na Alemanha.

Após ser questionado sobre sua relação com o presidente russo, este que já foi o homem mais rico da Rússia afirmou que "foi tratado de forma dura, mas a minha família nunca foi atingida".

"A luta pelo poder não é para mim", assegurou.

Na manhã deste domingo, ele chegou a dizer que voltaria ao seu país apenas quando pudesse sair em segurança, mas que não poderia voltar de imediato em razão de uma condenação civil por evasão fiscal, ainda válida, no valor de 550 milhões de dólares.

Em uma entrevista divulgada neste domingo, ele explicou que escreveu em sua solicitação de indulto "o que disse várias vezes publicamente: não irei fazer política e nem irei lutar para recuperar os bens da Yukos", sua antiga companhia petrolífera.

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O ex-magnata do petróleo e opositor russo Mikhail Khodorkovsky declarou neste domingo, dois dias após sua libertação, que não retornará a seu país e que tentará ajudar outros "presos políticos" na Rússia.

O presidente Vladimir Putin assinou na manhã de sexta-feira, para surpresa geral, um indulto de seu inimigo, citando razões humanitárias.

Mikhail Khodorkovsky, de 50 anos, chegou sexta-feira em Berlim poucas horas depois de ser libertado do campo de detenção na cidade de Segezha, na região de Carelia (noroeste), após dez anos de prisão.

Neste domingo ele agradeceu a chanceler alemã Angela Merkel por ter contribuído por sua libertação.

Ele também indicou que as autoridades russas não deram "a opção" para que permanecesse em seu país, e afirmou ser contra o boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.

"Não tive outra opção", declarou durante uma coletiva de imprensa em Berlim.

"Eu mesmo desconheço muitos aspectos da minha libertação", acrescentou, pedindo aos governos ocidentais que "lembrem que eu não sou o último preso político na Rússia".

"Farei todo o possível para que não reste mais ninguém" nos cárceres russo, ressaltou.

A rapidez de sua partida para Berlim já havia alimentado a tese de um exílio forçado, ainda que um porta-voz de Vladimir Putin tenha desmentido categoricamente esta possibilidade.


Khodorkovsky é "livre para voltar para a Rússia. Absolutamente", assegurou no sábado à AFP o porta-voz Dmitri Peskov.

O ex-magnata havia escrito duas cartas à presidência, uma formal solicitando o indulto e outra pessoal.

Em relação aos Jogos Olímpicos de Sochi, Khodorkovsky declarou que uma "festa do esporte como esta não pode ser estragada", mas considerou que tampouco deveria ser transformada "em uma festa de Vladimir Putin".

Ele destacou ainda que Merkel "fez todo o possível para que eu fosse libertado" e precisou fazer com que me concedessem um visto de um ano na Alemanha.

Após ser questionado sobre sua relação com o presidente russo, este que já foi o homem mais rico da Rússia afirmou que "foi tratado de forma dura, mas a minha família nunca foi atingida".

"A luta pelo poder não é para mim", assegurou.

Na manhã deste domingo, ele chegou a dizer que voltaria ao seu país apenas quando pudesse sair em segurança, mas que não poderia voltar de imediato em razão de uma condenação civil por evasão fiscal, ainda válida, no valor de 550 milhões de dólares.

Em uma entrevista divulgada neste domingo, ele explicou que escreveu em sua solicitação de indulto "o que disse várias vezes publicamente: não irei fazer política e nem irei lutar para recuperar os bens da Yukos", sua antiga companhia petrolífera.

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