Os democratas exigiram a remoção, embora Trump tenha apenas 13 dias restantes no cargo (Kevin Dietsch/UPI/Bloomberg/Getty Images)
AFP
Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 06h46.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, se opõe a usar a 25ª Emenda da Constituição para forçar a saída do presidente Donald Trump, apesar da pressão de democratas e alguns republicanos, noticiou o New York Times nesta quinta-feira (7).
Embora Pence não tenha falado publicamente sobre invocar o dispositivo, nunca usado antes na história dos Estados Unidos, o jornal citou uma pessoa próxima ao vice-presidente dizendo que ele seria contra a medida radical.
Os apelos para afastar Trump vieram depois que apoiadores, encorajados por ele, invadiram o Congresso dos EUA na quarta-feira, paralisando a sessão prestes a certificar a vitória eleitoral do adversário de Trump, o democrata Joe Biden.
Os democratas exigiram ação, embora Trump tenha apenas 13 dias restantes no cargo.
"Esta é uma urgência da mais alta importância", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. "Ao incitar a sedição, como fez ontem, ele deve ser removido do cargo."
O Times disse que a posição de Pence é apoiada por vários membros do gabinete, cujo apoio seria necessário para realizar a remoção pela 25ª Emenda.
O jornal afirma que essas autoridades "consideram o esforço como mais provável de aumentar o caos atual em Washington do que de detê-lo."
Enquanto isso, os democratas na Câmara dos Representantes dos EUA disseram que, se a 25ª Emenda não for invocada, eles agirão rapidamente para o impeachment de Trump.
"Temos um período limitado de tempo para agir", disse o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerry Nadler, que liderou o impeachment de Trump há um ano, antes que o presidente fosse finalmente absolvido pelo Senado liderado pelos republicanos.
"Eu apoio trazer artigos de impeachment diretamente para o plenário da Câmara", disse ele em nota.