O presidente de Mianmar, Thein Sein: "o presidente birmanês não utiliza os prisioneiros políticos como um instrumento", disse porta-voz (Nicolas Asfouri/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 14h00.
Yangon - Mianmar libertou mais de 20 prisioneiros políticos nesta sexta-feira, antes de uma viagem do presidente Thein Sein aos Estados Unidos para ter, na segunda-feira, um encontro histórico com Barack Obama, afirmou a presidência birmanesa.
A anistia foi anunciada nas contas do Facebook e Twitter de Hmuu Zaw, porta-voz da presidência. Esta medida, afirma, faz parte do "processo político" reformista realizado no país há dois anos.
"O presidente birmanês não utiliza os prisioneiros políticos como um instrumento", acrescentou, e negou que a medida tenha relação com a viagem presidencial. "A revisão dos prisioneiros políticos é um processo em andamento (...). A última decisão faz parte dela".
Centenas de prisioneiros políticos birmaneses foram libertados no último ano e meio.
Na segunda-feira, o chefe de Estado se converterá no primeiro líder birmanês que visita oficialmente Washington desde o encontro entre Ne Win e Lyndon Johnson, em 1966. Desde a visita de Obama a Yangun, em novembro. e o levantamento de algumas sanções, esta viagem mostra a espetacular melhora nas relações bilaterais.
O grupo político Geração 88 confirmou à AFP que foi informado da libertação de 23 presos de consciência.