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México tem dados de 26.121 pessoas "não localizadas"

Dos casos, 20.915 se relacionam a "investigações preliminares, processos e pesquisas circunstanciais" e 5.206 a pessoas que "se encontram pendentes de validação de dados"

O ex-presidente Felipe Calderón: os dados foram coletados durante sua administração, entre dezembro de 2006 e novembro de 2012 (Chip Somodevilla/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 19h06.

México - O Governo do México confirmou nesta terça-feira que tem uma base de dados na qual figuram 26.121 pessoas "não localizadas" ou "desaparecidas".

O dado foi divulgado em entrevista coletiva pela subsecretária (vice-ministra) de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos do Ministério de Governo (Interior), Lia Limón.

A funcionária explicou que os dados foram coletados durante a administração anterior do ex-presidente Felipe Calderón, entre dezembro de 2006 e novembro de 2012, e incluem 20.915 casos relacionados com "investigações preliminares, processos e pesquisas circunstanciais" abertas pelas autoridades.

Além disso, há 5.206 casos de pessoas que "se encontram pendentes de validação de dados".

"É indispensável destacar que esta base de dados não prejulgas as causas da não localização das pessoas, por isso que muitos que integram a lista podem ter diversas razões, não necessariamente relacionadas com fatos criminosos", afirmou Lia.

"Os ministérios públicos que devem determinar a comissão de algum delito", acrescentou a funcionária ao ser consultada sobre quantos casos que figuram na base de dados estão vinculados com o crime organizado.

A partir de agora, o Governo mexicano trabalhará na elaboração de um registro definitivo, um trabalho no qual pediu que os organismos civis que tenham casos registrados também façam contribuições.

"Todas as bases de dados representam esforços de gente que buscam pessoas e nós avaliamos toda a dimensão", acrescentou Lia.


A funcionária recalcou que "uma pessoa não localizada é suficiente para detonar as ações do Governo" na busca de que se faça justiça.

"O mais importante para o Governo são as pessoas e temos muito claro que por trás dos dados estatísticos, há seres humanos que merecem respeito", acrescentou.

A vice-ministra mexicana considerou que a base de dados é nada mais do que "um instrumento inicial" que pretende encontrar a localização de boa parte dessas pessoas desaparecidas.

Lia Limón disse que esse trabalho busca uma "ampla interlocução" com as procuradorias dos 32 estados do México onde ocorreram os casos, e que serão integrados os dados de outras instâncias, como a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e a Províctima, um organismo de assistência às famílias de desaparecidos.

Na mesma entrevista coletiva, o subsecretário de Normatividade e Meios, Eduardo Sánchez, foi consultado sobre a existência de registros de desaparecidos durante o mandato do presidente Enrique Peña Nieto, no poder desde 1º de dezembro de 2012.

"Assim, longe desta administração sobre as informações que recebemos, vimos que há inconsistências, portanto, o que estamos fazendo é apurar. Calculamos que em algumas semanas, poderemos dizer quais e quantos são os casos de pessoas que realmente não foram localizadas", afirmou.

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México - O Governo do México confirmou nesta terça-feira que tem uma base de dados na qual figuram 26.121 pessoas "não localizadas" ou "desaparecidas".

O dado foi divulgado em entrevista coletiva pela subsecretária (vice-ministra) de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos do Ministério de Governo (Interior), Lia Limón.

A funcionária explicou que os dados foram coletados durante a administração anterior do ex-presidente Felipe Calderón, entre dezembro de 2006 e novembro de 2012, e incluem 20.915 casos relacionados com "investigações preliminares, processos e pesquisas circunstanciais" abertas pelas autoridades.

Além disso, há 5.206 casos de pessoas que "se encontram pendentes de validação de dados".

"É indispensável destacar que esta base de dados não prejulgas as causas da não localização das pessoas, por isso que muitos que integram a lista podem ter diversas razões, não necessariamente relacionadas com fatos criminosos", afirmou Lia.

"Os ministérios públicos que devem determinar a comissão de algum delito", acrescentou a funcionária ao ser consultada sobre quantos casos que figuram na base de dados estão vinculados com o crime organizado.

A partir de agora, o Governo mexicano trabalhará na elaboração de um registro definitivo, um trabalho no qual pediu que os organismos civis que tenham casos registrados também façam contribuições.

"Todas as bases de dados representam esforços de gente que buscam pessoas e nós avaliamos toda a dimensão", acrescentou Lia.


A funcionária recalcou que "uma pessoa não localizada é suficiente para detonar as ações do Governo" na busca de que se faça justiça.

"O mais importante para o Governo são as pessoas e temos muito claro que por trás dos dados estatísticos, há seres humanos que merecem respeito", acrescentou.

A vice-ministra mexicana considerou que a base de dados é nada mais do que "um instrumento inicial" que pretende encontrar a localização de boa parte dessas pessoas desaparecidas.

Lia Limón disse que esse trabalho busca uma "ampla interlocução" com as procuradorias dos 32 estados do México onde ocorreram os casos, e que serão integrados os dados de outras instâncias, como a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e a Províctima, um organismo de assistência às famílias de desaparecidos.

Na mesma entrevista coletiva, o subsecretário de Normatividade e Meios, Eduardo Sánchez, foi consultado sobre a existência de registros de desaparecidos durante o mandato do presidente Enrique Peña Nieto, no poder desde 1º de dezembro de 2012.

"Assim, longe desta administração sobre as informações que recebemos, vimos que há inconsistências, portanto, o que estamos fazendo é apurar. Calculamos que em algumas semanas, poderemos dizer quais e quantos são os casos de pessoas que realmente não foram localizadas", afirmou.

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