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México: número de mortos no furacão em Acapulco sobe para 39

Na quinta-feira, um dia depois de o furacão impactar o Pacífico mexicano, o governo informou um primeiro balanço de 27 mortes

Vista de Acapulco devastada na passagem do furacão Otis (Rodrigo Oropeza/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 28 de outubro de 2023 às 18h00.

A atualização do balanço de vítimas na passagem do furacão Otis por Acapulco, no sul do México, com doze novos óbitos reportados neste sábado (28), elevou o total de vítimas fatais para 39, enquanto pelo menos dez pessoas ainda estão desaparecidas.

Na quinta-feira, um dia depois de o furacão categoria 5 – a mais alta na escala Saffir Simpson – impactar o Pacífico mexicano, o governo informou um primeiro balanço de 27 mortes.

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“Infelizmente, o Ministério Público dá um total de 39 falecidos” e há relatos de dez desaparecidos, disse Rosa Icela Rodríguez, secretária de Segurança, em um vídeo publicado nas redes sociais.

Ela explicou que 19 das vítimas são homens e dez são mulheres e que, segundo as primeiras investigações, morreram por afogamento.

Otis pegou o Pacífico mexicano de surpresa porque, desafiando todas as previsões e informes meteorológicos, em cerca de seis horas passou de tempestade tropical a furacão de categoria 5 com ventos sustentados de 270 km/h.

Isto deu pouco tempo para emitir um alerta e tomar medidas, como proteger casas, empresas e hotéis e comprar alimentos e água.

Pescadores contaram à AFP que alguns ainda estavam no mar porque costumam sair à tarde e voltar ao anoitecer.

As autoridades mexicanas também acompanhavam neste sábado a evolução de um novo ciclone no litoral do estado de Chiapas (sul) e da América Central.

As condições atmosféricas são propícias ao “desenvolvimento de uma depressão tropical” para o início da próxima semana, detalhou um relatório do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

Reforçar a segurança

Rodríguez falou por telefone durante comunicação do presidente Andrés Manuel López Obrador para reportar os danos e os esforços de resgate na cidade portuária, que sofreu graves danos, levando ao desespero seus cerca de 780 mil habitantes.

“Devemos reiniciar a reconstrução de Acapulco o mais rapidamente possível”, disse o presidente sobre esta cidade, que vive essencialmente do turismo e cujos prejuízos são estimados em 15 bilhões de dólares (pouco mais de 75 bilhões de reais), segundo a consultoria Enki Research, especializada em desastres naturais.

Durante a mensagem, foi noticiado que mais de 17 mil soldados e guardas nacionais serão destacados para proteger a cidade, onde têm sido registrados saques e roubos, e organizar a entrega de ajuda aos desabrigados.

Policiais montaram postos de controle nos acessos à cidade para fiscalizar os veículos carregados com diversos produtos, permitindo-lhes levar apenas alimentos e produtos essenciais.

Bebidas alcoólicas, eletrodomésticos e até brinquedos roubados de lojas foram apreendidos nestes postos de controle em meio a cenas de caos.

O governo mexicano detalhou em um comunicado que, na sexta-feira, foram entregues 1.170 cestas básicas e neste sábado pretendiam distribuir outras 10 mil nos bairros mais pobres desta cidade portuária.

A ajuda começou a chegar pelo aeroporto local, onde vinte voos chegaram na sexta-feira para levar ajuda e pessoal médico e evacuar turistas e alguns residentes.

Danos generalizados

Um dos balneários mais populares do país, Acapulco continuava sem comunicações, nem energia elétrica em amplas áreas da cidade, enquanto as ruas ainda estavam cheias de escombros e árvores caídas, dificultando a passagem dos veículos.

O governo anunciou que cerca de 200.000 casas foram afetadas ou destruídas, 80% dos hotéis sofreram danos severos e muitas lojas e restaurantes ficaram em ruínas.

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