Redação Exame
Publicado em 7 de junho de 2024 às 07h30.
Última atualização em 7 de junho de 2024 às 07h32.
Dirigentes do partido governista do México sinalizaram na quinta-feira, 6, que pretendem submeter uma ampla reforma constitucional à votação no Congresso em setembro, quando Claudia Sheinbaum assumir a presidência em setembro . O Partido Morena tentará aproveitar o capital político obtido no pleito do último domingo, quando Sheinbaum foi eleita para suceder o aliado Andrés Manuel López Obrador.
A indicação dos planos governistas do novo governo desagradou o humor nos mercados locais, já preocupados com a perspectiva de medidas pouco palatáveis aos investidores. No final da tarde de ontem, o peso mexicano havia se deteriorado ante o dólar após os anúncios.
Em uma coletiva de imprensa, o coordenador dos deputados do Morena, Ignacio Mier Velazco, reiterou que Sheinbaum continuará o projeto do antecessor e pediu à oposição que contribua para concretizar "a vontade popular expressa nas urnas".
O pacote proposto inclui uma grande reforma no sistemas judicial com potenciais mudanças nos mecanismos de indicação de juízes à Suprema Corte de Justiça da Nação, segundo relatado por veículos da imprensa mexicana. Também pode haver a eliminação de agências autônomas, como os órgãos que regulam os setores de telecomunicações, energia e proteção de dados.