Mesmo impopular, Trudeau lança formalmente campanha à reeleição no Canadá
Mais cedo, primeiro-ministro do Canadá dissolveu Parlamento e convocou novas eleições
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de setembro de 2019 às 19h20.
Última atualização em 11 de setembro de 2019 às 19h21.
O primeiro-ministro do Canadá , Justin Trudeau, detonou formalmente o início da campanha para a eleição de 21 de outubro na qual tentará a reeleição. Trudeau buscará superar os estragos de um escândalo ético e convencer eleitores a dar aos liberais mais um mandato, baseando-se na força da economia e no respeito ao meio ambiente.
O Partido Liberal, do premiê, entra na campanha empatado nas pesquisas com seu principal rival, o Partido Conservador, com ambos mostrando pouco mais de 30% de intenções de voto. Em 2015, os liberais venceram com 40% dos votos, mas no momento nenhuma das duas principais siglas parece capaz de levar a maioria das cadeiras no Legislativo.
A popularidade de Trudeau tem caído bastante neste ano, sob o peso de alegações de que ele e importantes membros do governo teriam tentado interferir em um processo criminal contra uma companhia de engenharia de Montreal. No mês passado, o órgão de monitoramento ético do país concluiu que Trudeau desrespeitou regras ao tentar impedir o processo contra o SNC-Lavalin Group.
Trudeau, de 47 anos, disse em Ottawa que a eleição será uma escolha entre a política inclusiva e o progresso econômico dos liberais e as medidas de austeridade dos conservadores. Já o líder do Partido Conservador, Andrew Scheer, de 40 anos, afirmou que o escândalo SNC-Lavalin mostra que o premiê perdeu a autoridade moral para governar. Os conservadores querem fazer de questões sobre o custo de vida o cerne da campanha e retratar os liberais como gastadores que estão afastados dos interesses dos canadenses comuns.
A desaprovação de Trudeau já superou 60%, mas o apoio público ainda não se consolidou sobre seu principal rival. O terceiro lugar nas pesquisas é ocupado pelo Novo Partido Democrático Novo liderado por Jagmeet Singh, com uma plataforma social-democrata.