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Mesmo com orientação da ONU, Reino Unido diz que não suspenderá venda de armas a Israel

Os Estados Unidos, de longe o maior fornecedor de armas a Israel, também rejeitaram os apelos por uma suspensão dos envios

Em carta recente, mais de 600 advogados britânicos, incluindo ex-juízes da Suprema Corte, apontaram que a Grã-Bretanha corria o risco de violar o direito internacional ao exportar armas para Israel (Carl Court/Getty Images)

Em carta recente, mais de 600 advogados britânicos, incluindo ex-juízes da Suprema Corte, apontaram que a Grã-Bretanha corria o risco de violar o direito internacional ao exportar armas para Israel (Carl Court/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 9 de abril de 2024 às 21h05.

O chanceler britânico, David Cameron, descartou nesta terça-feira, 9, uma mudança na política de fornecimento de armas a Israel, apesar da pressão pela suspensão das vendas devido a acusações de violações do direito humanitário em Gaza.

"Analisei os conselhos mais recentes sobre a situação em Gaza e a conduta de Israel em sua campanha militar", disse Cameron durante visita a Washington. "Essa avaliação não altera de forma alguma nossa posição sobre as licenças de exportação" de armas a Israel.

"Continuamos tendo preocupações sérias referentes ao acesso à ajuda humanitária em Gaza", ressaltou o chanceler, durante entrevista coletiva com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Palestinos retornam para cidade destruída no sul de Gaza após saída israelense

Fornecimento de armas

Os Estados Unidos, de longe o maior fornecedor de armas a Israel, também rejeitaram os apelos por uma suspensão dos envios, apesar da sua frustração com a condução da guerra pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Em carta recente, mais de 600 advogados britânicos, incluindo ex-juízes da Suprema Corte, apontaram que a Grã-Bretanha corria o risco de violar o direito internacional ao exportar armas para Israel. Um dos critérios britânicos estabelece que as armas não devem ser exportadas quando existe um risco claro de que possam ser usadas em violações do direito humanitário internacional.

Londres aprovou mais de 487 milhões de libras (3 bilhões de reais) em vendas de armas a Israel desde 2015.

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