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Merkel minimiza referendo húngaro e diz não espera mudanças

A chefe do Executivo alemão acrescentou que é também "de todos conhecida" a posição do governo do primeiro-ministro Viktor Orbán


	Refugiados na Hungria: "Não acredito que o referendo vá fornecer mudanças a respeito", declarou a chanceler
 (Reuters / Leonhard Foeger)

Refugiados na Hungria: "Não acredito que o referendo vá fornecer mudanças a respeito", declarou a chanceler (Reuters / Leonhard Foeger)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 12h11.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, minimizou à convocação de um referendo na Hungria sobre o sistema de cotas da União Europeia (UE) para receber os refugiados e disse que não espera que isso gere "mudanças" em escala global.

"Sabíamos da determinação do governo húngaro de colocar essa consulta. A única coisa nova é que agora sabemos a data", indicou a chanceler, em um comparecimento ao lado do presidente da Argentina, Mauricio Macri, em visita oficial a Berlim, após saber da convocação do referendo húngaro para 2 de outubro.

A chefe do Executivo alemão acrescentou que é também "de todos conhecida" a posição do governo do primeiro-ministro Viktor Orbán, em alusão a sua rejeição às cotas estipuladas pela União Europeia.

"Não acredito que o referendo vá fornecer mudanças a respeito", declarou a chanceler, perguntada sobre essa consulta, na qual o governamental partido Fidesz, de Orbán, fará campanha a favor do "não".

A pergunta que será feita à população será: "Você quer permitir que a União Europeia imponha o reassentamento de cidadãos não húngaros para Hungria sem a aprovação do Parlamento (da Hungria)", anunciou Budapeste hoje.

Merkel foi perguntada também sobre a vitória do "Brexit" no referendo realizado no Reino Unido sobre a permanência do país na UE. A chanceler insistiu, como veio dizendo nos últimos dias, que lamenta que tenha sido esse o resultado da consulta e em que agora corresponde ao Reino Unido atuar em consequência.

"O Reino Unido deve refletir sobre suas relações futuras com a UE", disse, para acrescentar que corresponde ao governo britânico invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa - que regula a saída de um estado-membro do bloco.

"Há um período de reflexão, mas não podemos dizer o que vai acontecer", concluiu.

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