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Merkel e Medvedev mantêm divergências sobre Líbia e Síria

Em visita do russo à Alemanha, 16 acordos entre os dois países foram assinados

Medvedev e Merkel: Rússia vê resolução da ONU sobre Líbia como "manipulação" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 16h13.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente russo, Dmitri Medvedev, não chegaram a um acordo nesta terça-feira, em Hannover, em questões como a situação na Líbia e na Síria, apesar do empenho comum para ressaltar o caráter produtivo do encontro.

"Foram dois dias bons para a cooperação entre Alemanha e Rússia", declarou Merkel, destacando que os 16 acordos assinados em vários âmbitos, da economia à troca cultural, são "uma prova da intensidade dos contatos".

No entanto, as divergências de ambos líderes em questões internacionais como os conflitos internos na Líbia e na Síria ficaram patentes na entrevista coletiva ao final do encontro.

O chefe do Kremlin insistiu que seu país não apoiará uma condenação internacional à Síria, uma vez que a resolução da ONU contra a Líbia já foi manipulada; enquanto a chanceler declarou que seria "desejável" uma condenação contra o regime de Damasco e que o dirigente líbio, Muammar Kadafi, perdeu "toda legitimidade política".

Medvedev acrescentou que espera "uma solução pacífica e negociada" ao conflito na Líbia, por isso todas as partes devem se concentrar nos esforços diplomáticos.

Os líderes também abordaram a polêmica do anúncio da concessão do prêmio alemão Quadriga, que reconhece valores democráticos, ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e sua posterior anulação após protestos de membros do júri e antigos agraciados.

"A dor de cabeça é da Alemanha, não da Rússia", declarou Medvedev, qualificando de "covarde e inconseqüente" a decisão do conselho da associação Werkstatt Deutschland de conceder o prêmio e depois desistir.

O presidente russo se mostrou convencido que o prêmio, que seria entregue a Putin por sua contribuição ao fortalecimento das relações germânico-russas, "está acabado, pelo menos para a comunidade internacional".

Por sua vez, Merkel afirmou que o Diálogo de São Petersburgo, fórum que reúne representantes da sociedade civil de ambos países e cujo encerramento foi assistido pelos líderes na manhã desta terça-feira, foi um marco para abordar "a situação dos direitos humanos na Rússia e a liberdade de informação nas eleições".

"Como já sabem, não faço especulações", declarou a chanceler em relação ao possível duelo entre Medvedev e Putin no pleito presidencial do próximo mês de março.

Já Medvedev pediu "mais paciência" e se recusou a comentar sua possível candidatura a um segundo mandato e considerou que as eleições na Rússia devem acontecer da forma "mais transparente e justa possível".

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Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente russo, Dmitri Medvedev, não chegaram a um acordo nesta terça-feira, em Hannover, em questões como a situação na Líbia e na Síria, apesar do empenho comum para ressaltar o caráter produtivo do encontro.

"Foram dois dias bons para a cooperação entre Alemanha e Rússia", declarou Merkel, destacando que os 16 acordos assinados em vários âmbitos, da economia à troca cultural, são "uma prova da intensidade dos contatos".

No entanto, as divergências de ambos líderes em questões internacionais como os conflitos internos na Líbia e na Síria ficaram patentes na entrevista coletiva ao final do encontro.

O chefe do Kremlin insistiu que seu país não apoiará uma condenação internacional à Síria, uma vez que a resolução da ONU contra a Líbia já foi manipulada; enquanto a chanceler declarou que seria "desejável" uma condenação contra o regime de Damasco e que o dirigente líbio, Muammar Kadafi, perdeu "toda legitimidade política".

Medvedev acrescentou que espera "uma solução pacífica e negociada" ao conflito na Líbia, por isso todas as partes devem se concentrar nos esforços diplomáticos.

Os líderes também abordaram a polêmica do anúncio da concessão do prêmio alemão Quadriga, que reconhece valores democráticos, ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e sua posterior anulação após protestos de membros do júri e antigos agraciados.

"A dor de cabeça é da Alemanha, não da Rússia", declarou Medvedev, qualificando de "covarde e inconseqüente" a decisão do conselho da associação Werkstatt Deutschland de conceder o prêmio e depois desistir.

O presidente russo se mostrou convencido que o prêmio, que seria entregue a Putin por sua contribuição ao fortalecimento das relações germânico-russas, "está acabado, pelo menos para a comunidade internacional".

Por sua vez, Merkel afirmou que o Diálogo de São Petersburgo, fórum que reúne representantes da sociedade civil de ambos países e cujo encerramento foi assistido pelos líderes na manhã desta terça-feira, foi um marco para abordar "a situação dos direitos humanos na Rússia e a liberdade de informação nas eleições".

"Como já sabem, não faço especulações", declarou a chanceler em relação ao possível duelo entre Medvedev e Putin no pleito presidencial do próximo mês de março.

Já Medvedev pediu "mais paciência" e se recusou a comentar sua possível candidatura a um segundo mandato e considerou que as eleições na Rússia devem acontecer da forma "mais transparente e justa possível".

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