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Merkel diz ser prematuro falar de criação de eurobônus

Chanceler alemã voltou a criticar a medida defendida pela Comissão Europeia

A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou a proposta de eurobônus (Johannes Eisele/AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 17h17.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , disse nesta terça-feira que é prematuro falar da criação de eurobônus para atenuar a crise da dívida soberana na Eurozona e reiterou sua oposição a uma maior atuação do Banco Central Europeu (BCE) nesse sentido.

"Essa discussão deve ser feita ao final de um processo de integração europeia mais profundo e não creio que seja um bom momento para fazê-lo, em plena crise, como se fosse uma solução à crise, quando na verdade não é", afirmou Merkel sobre a criação do eurobônus em um congresso de empresários alemães em Berlim.

A Comissão Europeia irá propor na quarta-feira três modalidades de criação de títulos da dívida a serem garantidos pelos 17 Estados membros da Eurozona.

Na segunda-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durao Barroso, reafirmou seu apoio à criação de eurobônus pela Eurozona quando esta tiver alcançado um nível satisfatório de disciplina fiscal, apesar da oposição firme da Alemanha.

A afirmação foi feita em uma coletiva de imprensa após Barroso reunir-se em Bruxelas com o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.

Na mesma data, Merkel havia afirmado que a criação de eurobônus "não é um remédio milagroso" para a atual crise da dívida soberana na Eurozona.

A CE considera que este instrumento pode atenuar rapidamente a pressão atual sobre as taxas de juros dos títulos espanhóis ou italianos.

Segundo o porta-voz alemão, Steffen Seibert, Merkel prefere uma "solução pacífica, que torne vinculantes os acordos já existentes". O porta-voz se referia aparentemente ao Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE, que estipula um déficit máximo de 3% e uma dívida pública de não mais de 60% do PIB.

O porta-voz considerou que a criação de eurobônus "não combateria as raízes do mal", ou seja, a disciplina orçamentária.

A Alemanha considera que a criação destes títulos de dívida garantidos em comum dissuadiria os países com problemas fiscais na hora de efetuar reformas.

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Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , disse nesta terça-feira que é prematuro falar da criação de eurobônus para atenuar a crise da dívida soberana na Eurozona e reiterou sua oposição a uma maior atuação do Banco Central Europeu (BCE) nesse sentido.

"Essa discussão deve ser feita ao final de um processo de integração europeia mais profundo e não creio que seja um bom momento para fazê-lo, em plena crise, como se fosse uma solução à crise, quando na verdade não é", afirmou Merkel sobre a criação do eurobônus em um congresso de empresários alemães em Berlim.

A Comissão Europeia irá propor na quarta-feira três modalidades de criação de títulos da dívida a serem garantidos pelos 17 Estados membros da Eurozona.

Na segunda-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durao Barroso, reafirmou seu apoio à criação de eurobônus pela Eurozona quando esta tiver alcançado um nível satisfatório de disciplina fiscal, apesar da oposição firme da Alemanha.

A afirmação foi feita em uma coletiva de imprensa após Barroso reunir-se em Bruxelas com o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.

Na mesma data, Merkel havia afirmado que a criação de eurobônus "não é um remédio milagroso" para a atual crise da dívida soberana na Eurozona.

A CE considera que este instrumento pode atenuar rapidamente a pressão atual sobre as taxas de juros dos títulos espanhóis ou italianos.

Segundo o porta-voz alemão, Steffen Seibert, Merkel prefere uma "solução pacífica, que torne vinculantes os acordos já existentes". O porta-voz se referia aparentemente ao Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE, que estipula um déficit máximo de 3% e uma dívida pública de não mais de 60% do PIB.

O porta-voz considerou que a criação de eurobônus "não combateria as raízes do mal", ou seja, a disciplina orçamentária.

A Alemanha considera que a criação destes títulos de dívida garantidos em comum dissuadiria os países com problemas fiscais na hora de efetuar reformas.

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