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Merkel diz que Rússia pune países que se aproximam da UE

Segundo a chanceler alemã, a Rússia está "criando problemas" para Moldávia, Geórgia e Ucrânia, que tomaram a decisão de assinar um acordo de associação com a UE


	Angela Merkel: segundo ela, a Rússia tem criado problemas para países como Moldávia e Geórgia, que tentam se aproximar da União Europeia
 (REUTERS/Michaela Rehle)

Angela Merkel: segundo ela, a Rússia tem criado problemas para países como Moldávia e Geórgia, que tentam se aproximar da União Europeia (REUTERS/Michaela Rehle)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 09h40.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, acusou a Rússia no domingo de interferir nos assuntos internos de vários países que estão buscando uma maior aproximação com a União Europeia.

"Moldávia, Geórgia e Ucrânia são três países na nossa vizinhança oriental que tomaram decisões soberanas para assinar um acordo de associação com a UE", disse Merkel ao jornal alemão Die Welt, em entrevista.

"A Rússia está criando problemas para todos esses três países", disse ela, apontando para "conflitos congelados" em regiões separatistas como a Transnístria, Abkházia e da Ossétia do Sul, assim como a interferência russa no leste da Ucrânia.

Moscou tem mostrado seu descontentamento com o movimento pró-europeu da Moldávia, confirmado em uma eleição na semana passada em que um candidato pró-russo foi impedido de participar, ao proibir as importações de vinhos, legumes e carnes da Moldávia.

No mês passado, o presidente russo, Vladimir Putin assinou um acordo de "parceria estratégica" com a região separatista da Geórgia de Abkhazia, atraindo fortes críticas da OTAN e da UE.

Além desses movimentos, Merkel acusou Moscou de tentar fazer com que países dos Balcãs Ocidentais sejam dependentes da Rússia, economicamente e politicamente, a fim de ganhar influência na região.

Ela defendeu sua decisão em uma cúpula da OTAN em 2008 para não colocar a Ucrânia e a Geórgia no caminho de a adesão à aliança militar, mas reafirmou o compromisso da OTAN para defender os países da Europa Oriental, como Polônia e os países bálticos, que são membros.

"Não há nenhuma razão para falar de uma guerra nos países bálticos. Mas, independentemente disso, o artigo 5º do Tratado da OTAN, que vê um ataque a um membro como um ataque contra a aliança como um todo, está mantido", disse Merkel.

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