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Merkel anuncia fim das usinas nucleares mais antigas da Alemanha

Desconexão do governo afeta plantas que foram construídas antes de 1980

Angela Merkel, chanceler alemã: plano de prorrogação das usinas foi suspenso por 3 meses (Sean Gallup/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 09h33.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciou nesta terça-feira a paralisação das atividades das usinas nucleares mais antigas do país, um dia após suspender por três meses os planos de prolongar a vida útil das centrais.

A desconexão afeta "as usinas que foram construídas antes de 1980", enquanto as de construção posterior devem continuar funcionando com normalidade enquanto durar a moratória de três meses, indicou Merkel.

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O anúncio foi feito após uma reunião com os chefes do Governo dos cinco estados federados detentores de usinas nucleares e com os ministros Norbert Röttgen (Meio Ambiente) e Reiner Brüderle (Economia), na Chancelaria Federal.

A desconexão dessas usinas da rede afeta sete dos 17 reatores que funcionam atualmente na Alemanha: Unterweser, Biblis A, Biblis B, Philipsburg I, Isar I, Neckarwestheim I e Brunsbüttel.

Além destes, não retornará à rede nos próximos três meses a usina nuclear de Krümmel, construída em 1983, mas que atualmente se encontra paralisada após sofrer vários problemas.

Merkel anunciou que, na próxima terça-feira, voltará a se reunir com o mesmo grupo de políticos para definir com maior precisão a moratória anunciada na segunda-feira e analisar novamente a situação.

Os eventos no Japão representam "um corte na história do mundo tecnológico", declarou a chanceler. Segundo ela, o escape de radiação em decorrência do terremoto e posterior tsunami no Japão mostraram que "a energia atômica não está preparada para enfrentar a violência natural".

O titular de Economia alemão reconheceu que o fechamento, por enquanto temporário, das centrais mencionadas poderia afetar os preços da energia.

Já o ministro do Meio Ambiente ressaltou que a medida é de caráter "preventivo" e resultado da ação do Estado, sem se basear em compromissos contratuais.

Por sua vez, o chefe de Governo do estado de Schleswig-Holstein, Peter-Harry Carstensen, assinalou que dois dos três reatores do território que ele lidera serão afetados pela desconexão anunciada e que nenhum deles voltará à rede caso não haja segurança absoluta sobre seu funcionamento.

O chefe de Governo do estado de Baden-Württemberg, Stefan Mappus, falou de "estado de exceção emocional" ao avaliar a reação popular de rejeição à energia nuclear, ao assistir às imagens procedentes do Japão.

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