Mundo

Merkel afirma que Rússia não vai prevalecer na Ucrânia

Chanceler alemã pediu aos países ocidentais que não percam as esperanças no que pode ser uma luta prolongada com a Rússia

Soldados do batalhão de autodefesa "Azov", ligado ao Ministério do Interior ucraniano, participam de parada militar em Kiev (Gleb Garanich/Reuters)

Soldados do batalhão de autodefesa "Azov", ligado ao Ministério do Interior ucraniano, participam de parada militar em Kiev (Gleb Garanich/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 06h27.

Sydney - A chanceler alemã Angela Merkel pediu nesta segunda-feira aos países ocidentais que não percam as esperanças no que pode ser uma luta prolongada com a Rússia a respeito da Ucrânia, mas prometeu que o Kremlin "não prevalecerá".

A anexação russa da Crimeia em março "questionou toda a ordem pacífica europeia e tem continuado enquanto a Rússia exporta sua influência para desestabilizar o leste da Ucrânia", afirmou Merkel, depois de participar na reunião de cúpula do G20 em Brisbane (Austrália) no fim de semana.

Durante o encontro, o presidente russo Vladimir Putin ouviu muitas críticas.

Sete meses de confrontos no leste da Ucrânia mataram mais de 4.100 pessoas, segundo a ONU. Os países ocidentais acusam a Rússia de estimular a crise com um apoio aos insurgentes separatistas, o que Moscou nega.

"Quem teria pensado que 25 anos depois da queda do Muro (de Berlim), depois do fim da Guerra Fria, depois do fim da divisão da Europa e do fim de um mundo dividido em dois, aconteceria algo assim em pleno coração da Europa?", questionou Merkel durante um discurso em Sydney.

Merkel destacou que o Ocidente trabalha duro para encontrar uma solução diplomática ao conflito, mas que também está comprometido com as sanções econômicas contra Moscou.

União Europeia, Estados Unidos e Austrália aprovaram as sanções mais severas contra a Rússia desde o fim da União Soviética.

Merkel, que cresceu na Alemanha Oriental comunista, afirmou que o Ocidente poderia utilizar as lições da história para abordar as discussões com a Rússia.

"Devemos ter a paciência necessária para uma batalha árdua. Minha experiência pessoal da história da República Democrática da Alemanha é que não devemos perder as esperanças muito rápido", disse.

"O maior perigo é permitir nossa separação, divisão, que se acredite na divisão entre nós", completou.

Acompanhe tudo sobre:Angela MerkelÁsiaDiplomaciaEuropaPersonalidadesPolíticosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela

Atropelamento em feira de Natal na Alemanha mata duas pessoas e caso é investigado como terrorismo

Portugal aprova lei que facilita pedido de residência para brasileiros