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Mercosul vai repudiar espionagem, diz Patriota

Amanhã (12), ocorrerá a cúpula do bloco na capital uruguaia, Montevidéu


	O ministro disse ainda que a cúpula irá debater o pedido de asilo do norte-americano Edward Snowden
 (Antonio Cruz/ABr)

O ministro disse ainda que a cúpula irá debater o pedido de asilo do norte-americano Edward Snowden (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 21h08.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, disse que os países do Mercosul pretendem declarar publicamente repúdio às denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos a outros países. Amanhã (12), ocorrerá a cúpula do bloco na capital uruguaia, Montevidéu.

“Há um consenso regional em repudiar tais atos e em buscar formas de fazer com que os Estados tenham uma proteção – uma segurança cibernética efetiva – que a soberania dos Estados seja respeitada e que também os direitos dos cidadãos, dos indivíduos à privacidade sejam honrados”, disse Patriota.

O ministro disse ainda que a cúpula irá debater o pedido de asilo do norte-americano Edward Snowden, que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, e denunciou o monitoramento de dados de cidadãos norte-americanos e de estrangeiros por órgãos de segurança e inteligência dos Estados Unidos.

Snowden solicitou asilo a diversos países. A Venezuela, por exemplo, informou que aceita receber o norte-americano.

Para Patriota, as denúncias exigem mudanças no cenário internacional sofre regras no mundo cibernético.

“Existem também outras áreas onde precisamos desenvolver melhores disciplinas. Acho que é reivindicação de muitos países por uma governança multilateral da internet, que tem enfrentado objeções significativas dos países desenvolvidos. E fóruns como a União Internacional de Telecomunicações poderão sofrer uma mudança com essas denúncias, ou seja, o ambiente internacional poderá mudar nesse sentido”, avalia.

Outro tema em debate na cúpula é a reincorporação do Paraguai ao bloco, prevista para agosto após a posse do presidente eleito, Horacio Cartes. No entanto, os paraguaios têm pressionado para retornarem antes e criticam que a presidência temporária seja assumida pela Venezuela, que ingressou no bloco há um ano. O Paraguai foi suspenso do Mercosul após o impeachment do então presidente Fernando Lugo, que ocorreu em prazo de 48 horas, condenado pelos países vizinhos.

“Quanto à presidência da Venezuela será um fato da realidade. A presidência será transferida amanhã e a expectativa é que o Paraguai se adapte à essa realidade dentro do mais breve prazo”, declarou o chanceler brasileiro.

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