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Mercosul deverá manter suspensão do Paraguai do bloco

Como os integrantes do Mercosul também fazem parte da Unasul, a tendência de manter a decisão definida na última cúpula é considerada certa


	Lugo: para os presidentes do bloco, no Paraguai ocorreu o rompimento da ordem democrática durante a destituição do então presidente Fernando Lugo
 (Norberto Duarte/AFP)

Lugo: para os presidentes do bloco, no Paraguai ocorreu o rompimento da ordem democrática durante a destituição do então presidente Fernando Lugo (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 09h02.

Brasília – Há quase seis meses suspenso do Mercosul, o Paraguai negocia para revogar a sanção. O tema será tratado na Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, no dia 7, em Brasília. Porém, a suspensão deverá ser mantida até 21 de abril de 2013, quando ocorrem eleições presidenciais no Paraguai, segundo negociadores que acompanham as discussões. A decisão de manutenção segue o que ocorreu na Cúpula dos Chefes de Estado e Governo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), no Peru.

Como os integrantes do Mercosul também fazem parte da Unasul, a tendência de manter a decisão definida na última cúpula é considerada certa. Na semana passada, em Lima, no Peru, os presidentes dos países que integram a Unasul decidiram manter a suspensão. Os líderes concluíram que não houve fato novo para mudar a decisão.

Para os presidentes, no Paraguai ocorreu o rompimento da ordem democrática durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de junho. O Paraguai foi suspenso da Unasul e do Mercosul em 29 de junho, depois que os líderes sul-americanos levantaram dúvidas sobre a forma como ocorreu o processo de impeachment de Lugo – em menos de 24 horas, Câmara e Senado aprovaram a destituição.

Integram a Unasul a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Argentina, o Brasil, Paraguai, Uruguai, a Venezuela, o Chile, a Guiana e o Suriname. São países observadores o Panamá e o México. O Mercosul é formado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Venezuela e o Paraguai. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como associados.

Em comunicado, o governo paraguaio reagiu à decisão da Unasul de manter a suspensão em vigor desde junho. No texto, o Ministério de Relações Exteriores paraguaio classificou a decisão como “perseguição sistemática” do bloco regional e anunciou que iniciará campanha para torná-la pública, mobilizando todas as suas embaixadas.

Durante a reunião da Unasul houve um relato detalhado do coordenador do Grupo de Alto Nivel da instituição, o peruano Salomon Lerner Ghitis, que esteve no Paraguai para verificar o andamento do processo eleitoral. Após a visita, o grupo recomendou a manutenção das eleições presidenciais de 21 de abril de 2013, que serão acompanhadas por uma missão da Unasul. A Organização dos Estados Americanos informou que também enviará missão para acompanhar as eleições.

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