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Menina acusada de queimar textos corânicos ganha liberdade

Fiança foi ditada após a enorme repercussão do caso de Rimsha, tanto por sua idade (12 anos) e incapacidade psíquica


	Caso de Rimsha gerou críticas de organizações de direitos humanos tanto dentro como fora do Paquistão, e atraiu a atenção de vários governos ocidentais
 (©AFP/Arquivo / Aamir Qureshi)

Caso de Rimsha gerou críticas de organizações de direitos humanos tanto dentro como fora do Paquistão, e atraiu a atenção de vários governos ocidentais (©AFP/Arquivo / Aamir Qureshi)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2012 às 12h46.

Islamabad - A menina cristã paquistanesa Rimsha Masih, acusada de queimar textos corânicos, foi posta em liberdade neste sábado e deixou o presídio da cidade de Rawalpindi, no qual estava presa há três semanas.

Rimsha, cuja liberdade sob fiança de 1 milhão de rúpias (US$ 10,5 mil) foi determinada na sexta-feira por um tribunal de Islamabad, foi escoltada em sua saída por um grande número de policiais, informou à Agência Efe uma fonte próxima ao caso.

Peter Jakob, chefe da Comissão Nacional de Justiça e Paz do arcebispado de Lahore, confirmou que a menor foi libertada e 'está protegida junto com sua família em paradeiro conhecido pelas forças de segurança'.

A fiança foi ditada após a enorme repercussão do caso de Rimsha, tanto por sua idade (12 anos) e incapacidade psíquica - tem idade mental de sete anos, segundo um relatório médico realizado por uma comissão oficial - como pelo fato de que houve uma tentativa de falsificação de provas contra ela.

O imame de uma mesquita do subúrbio de Mehrabadi, onde ela vivia, foi preso no último domingo após ser acusado por um de seus assistentes de pôr folhas arrancadas do Corão na bolsa que continha as cinzas do material que supostamente foi queimado pela menina.

O advogado de defesa e os diversos grupos que manifestaram apoio a Rimsha afirmaram reiteradamente que a prioridade agora é a proteção da menina e de sua família, já que muitos acusados de blasfêmia sofrem ataques de fundamentalistas radicais.

O caso de Rimsha gerou críticas de organizações de direitos humanos tanto dentro como fora do Paquistão, e atraiu a atenção de vários governos ocidentais.

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