Melhora na América Latina não reduz migração a países ricos
O secretário-geral da OEA destacou na apresentação do relatório esta tendência, assim como que a situação trabalhista dos emigrantes latino-americanos não melhorou
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 17h47.
Washington - A emigração da América Latina a países desenvolvidos não mostra sinais de redução significativa apesar da melhora econômica em algumas nações da região, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, destacou na apresentação do relatório esta tendência, assim como que a situação trabalhista dos emigrantes latino-americanos não melhorou substancialmente após a crise iniciada no final de 2008.
"Nem sequer a crise econômica mais grave desde a Grande Depressão conseguiu diminuir significativamente os movimentos migratórios, que continuam e que, sem dúvida, aumentarão", sempre que persistam os desequilíbrios demográficos, segundo o relatório "Migração Internacional nas Américas".
Por exemplo, Canadá e Estados Unidos registraram em 2010 um aumento da chegada de imigrantes de 5%, após experimentar uma queda de 12% em 2009.
O relatório assinala que "os movimentos migratórios nos diferentes países da América Latina e do Caribe parecem ter pouca conexão com as mudanças no estado das economias nacionais de muitos países".
Neste sentido, aponta que os fluxos poderiam estar mais determinados pela situação econômica nos países de destino.
Desde 2010, países como EUA melhoraram suas condições econômicas após a recessão generalizada desencadeada depois da crise financeira de 2008, enquanto na Europa, países como a Espanha lutam contra a recessão e o alto desemprego.
Enquanto isso, um grande número de economias latino-americanas mantêm fortes taxas de crescimento desde 2010, o que, no entanto, não reverteu de maneira significativa os fluxos migratórios da América Latina e do Caribe.
O relatório aponta que, em 2011, metade dos fluxos migratórios dentro do continente americano esteve dirigida rumo a EUA e Canadá.
Esta tendência fez com que as remessas à América Latina e ao Caribe "mostrassem sinais de sólida recuperação" em 2011, com taxas de crescimento que se assemelham àquelas de antes do início da crise financeira e um volume que superou os US$ 61 bilhões, o que representa um aumento de 6% em relação a 2010.
Os primeiros embates da crise econômica mundial no final de 2008 provocaram que a chegada de imigrantes à Espanha caísse até 38% em média; além disso, as remessas enviadas desse país registraram uma queda considerável.
A Espanha, principal receptor dos imigrantes que vão à Europa, sofreu uma queda muito maior que, por exemplo, os EUA, onde a redução da chegada de imigrantes legais foi de 4%.
"Embora as condições econômicas tenham se tornado mais difíceis em quase todas as partes dentro da zona da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), os movimentos migratórios desde as Américas se mantiveram em um nível relativamente alto", explica o relatório.
Durante o começo da crise, as dificuldades econômicas na Espanha e nos Estados Unidos parecem ter tido o efeito de redirecionar os fluxos migratórios em direção a outros países da OCDE, como Canadá, México, Chile, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.
Em relação ao mercado de trabalho, o relatório usa o caso dos EUA e principalmente da Espanha para ilustrar como o forte desemprego afetou os imigrantes e, apesar da recuperação em um grande número de países da OCDE, "não se pode dizer que a situação dos imigrantes das Américas tenha melhorado muito".
Washington - A emigração da América Latina a países desenvolvidos não mostra sinais de redução significativa apesar da melhora econômica em algumas nações da região, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, destacou na apresentação do relatório esta tendência, assim como que a situação trabalhista dos emigrantes latino-americanos não melhorou substancialmente após a crise iniciada no final de 2008.
"Nem sequer a crise econômica mais grave desde a Grande Depressão conseguiu diminuir significativamente os movimentos migratórios, que continuam e que, sem dúvida, aumentarão", sempre que persistam os desequilíbrios demográficos, segundo o relatório "Migração Internacional nas Américas".
Por exemplo, Canadá e Estados Unidos registraram em 2010 um aumento da chegada de imigrantes de 5%, após experimentar uma queda de 12% em 2009.
O relatório assinala que "os movimentos migratórios nos diferentes países da América Latina e do Caribe parecem ter pouca conexão com as mudanças no estado das economias nacionais de muitos países".
Neste sentido, aponta que os fluxos poderiam estar mais determinados pela situação econômica nos países de destino.
Desde 2010, países como EUA melhoraram suas condições econômicas após a recessão generalizada desencadeada depois da crise financeira de 2008, enquanto na Europa, países como a Espanha lutam contra a recessão e o alto desemprego.
Enquanto isso, um grande número de economias latino-americanas mantêm fortes taxas de crescimento desde 2010, o que, no entanto, não reverteu de maneira significativa os fluxos migratórios da América Latina e do Caribe.
O relatório aponta que, em 2011, metade dos fluxos migratórios dentro do continente americano esteve dirigida rumo a EUA e Canadá.
Esta tendência fez com que as remessas à América Latina e ao Caribe "mostrassem sinais de sólida recuperação" em 2011, com taxas de crescimento que se assemelham àquelas de antes do início da crise financeira e um volume que superou os US$ 61 bilhões, o que representa um aumento de 6% em relação a 2010.
Os primeiros embates da crise econômica mundial no final de 2008 provocaram que a chegada de imigrantes à Espanha caísse até 38% em média; além disso, as remessas enviadas desse país registraram uma queda considerável.
A Espanha, principal receptor dos imigrantes que vão à Europa, sofreu uma queda muito maior que, por exemplo, os EUA, onde a redução da chegada de imigrantes legais foi de 4%.
"Embora as condições econômicas tenham se tornado mais difíceis em quase todas as partes dentro da zona da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), os movimentos migratórios desde as Américas se mantiveram em um nível relativamente alto", explica o relatório.
Durante o começo da crise, as dificuldades econômicas na Espanha e nos Estados Unidos parecem ter tido o efeito de redirecionar os fluxos migratórios em direção a outros países da OCDE, como Canadá, México, Chile, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.
Em relação ao mercado de trabalho, o relatório usa o caso dos EUA e principalmente da Espanha para ilustrar como o forte desemprego afetou os imigrantes e, apesar da recuperação em um grande número de países da OCDE, "não se pode dizer que a situação dos imigrantes das Américas tenha melhorado muito".