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Medvedev: Irã está perto de ter meios para criar arma nuclear

Presidente russo lamenta que potencial iraniano em desenvolver tecnologia nuclear não seja em si uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear

Presidente russo, Dimitri Medvedev: Rússia votou junto ao Conselho de Seguraça da ONU um pacote de sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear (Sergey Ponomarev/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2010 às 10h30.

Moscou - O Irã está perto de obter os meios para fabricar uma arma nuclear, declarou nesta segunda-feira o presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmação de surpreendente firmeza por parte da Rússia sobre o controvertido programa nuclear iraniano.

"O Irã se aproxima da posse de algo potencial que, a princípio, pode ser utilizado para fabricar uma arma nuclear", afirmou Medvedev, citado pela agência Interfax, durante uma reunião com os embaixadores da Rússia.

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Esta declaração é uma nova mostra do endurecimento da posição da Rússia em relação ao Irã e a seu programa nuclear, apesar dos países manterem tradicionalmente boas relações.

Segundo a Interfax, Medvedev lamentou que a posse de tal potencial não seja em si uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP): "É um dos problemas", estimou, considerando, além disso, que "a parte iraniana não se comporta da melhor maneira".

A Rússia votou em junho, junto com as outras grandes potências do Conselho de Segurança da ONU, um quarto pacote de sanções financeiras e militares contra o Irã por causa de seu programa nuclear.

"As sanções têm um sentido, são um sinal destinado a estimular o processo de negociações. Agora é necessário ter paciência e haver uma retomada rápida do diálogo com Teerã', afirmou o presidente russo.

"Se a diplomacia deixar passar esta oportunidade, será um fracasso coletivo", acrescentou.

"Nós pedimos sistematicamente a Teerã que dê mostras da abertura e cooperação necessárias para a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)", enfatizou Medvedev.

O Irã, que afirma que seu programa nuclear tem objetivos puramente pacíficos, indicou na semana passada que poderá retomar com certas condições o diálogo com o grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanah e Alemanha).

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