Matteo Messina Denaro, último chefe da máfia siciliana na Itália, morre aos 61 anos
Denaro morreu por complicações de um câncer no cólon. Ele foi preso em janeiro após mais de 30 anos foragido
Redação Exame
Publicado em 25 de setembro de 2023 às 08h47.
Matteo Messina Denaro, o último chefe da máfia siciliana na Itália morreu nesta segunda-feira, 25, aos 61 anos. Ele era responsável por comandar o grupo mafioso Cosa Nostra na região de Trapani, na Sicília.
Messina Denaro tratava um câncer no cólonna penitenciária de segurança máxima de L'Aquila, mas foi transferido para um hospital no mês passado após o agravamento de seu estado de saúde. Denaro morreu por complicações da doença. Ele foi preso em janeiro após mais de 30 anos foragido.
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O prefeito de L'Aquila, Pierluigi Biondi, afirmou que a morte do mafioso "encerra uma história de violência e sangue" e agradeceu aos funcionários da prisão e do hospital pelo "profissionalismo e humanidade".
Quem foi Messina Denaro, o último poderoso chefão da máfia italiana
Messina Denaro foi um dos líderes da Cosa Nostra,a maior organização criminosa da Europa e uma das maiores do mundo,representada nos filmes "O Poderoso Chefão". Ele foi condenado por envolvimento no assassinato do juiz antimáfia Giovanni Falcone em 1992 e por atentados fatais em Roma, Florença e Milão em 1993.
Uma das seis penas de prisão perpétua contra Denaro foi emitida pelo sequestro e assassinato do filho de 12 anos de uma testemunha no caso Falcone.
O mafioso desapareceu no verão de 1993 e passou 30 anos foragido, enquanto o Estado italiano combatia a máfia siciliana. Ele permaneceu na lista de criminosos mais procurados da Itália e, com o tempo, virou uma figura criminosa lendária.
Em 16 de janeiro de 2023, o mafioso foi preso durante uma visita a uma clínica, onde era atendido com um documento de identidade falso. O criminoso foi levado para o presídio de segurança máxima de L'Aquila, onde prosseguiu com o tratamento contra o câncer de cólon.
Em agosto, Messina Denaro foi transferido para a ala de detentos do hospital local, onde seu estado de saúde piorou. No fim de semana, a imprensa informou que ele estava em "coma irreversível". Os médicos interromperam a alimentação e ele havia solicitado para não ser reanimado.
Com Agência AFP.