Mundo

Material nuclear roubado no Iraque não é perigoso, diz AIEA

Agência Internacional de Energia Atômica afirmou que o material nuclear capturado por jihadistas no Iraque não oferece um risco significativo


	Sede da AIEA: grupos terroristas roubaram material nuclear
 (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Sede da AIEA: grupos terroristas roubaram material nuclear (Heinz-Peter Bader/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 12h38.

Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou nesta quinta-feira que, segundo uma análise preliminar, o material nuclear capturado por grupos jihadistas no norte do Iraque não constitui um risco significativo.

"Baseado em informação inicial achamos que o material em questão é de baixa pureza e não representa um risco significativo em relação à segurança ou proliferação nuclear", afirmou em Viena um porta-voz da agência nuclear das Nações Unidas.

Em um comunicado, a AIEA ressaltou que "de qualquer forma a perda de controle sobre materiais nucleares ou radioativos sempre é uma causa de preocupação".

A agência nuclear da ONU confirmou além disso ter sido informada pelas autoridades iraquianas sobre o ocorrido e explicou que se encontra em "contato (com o Iraque) para conseguir mais detalhes".

O Iraque denunciou em carta enviada nesta semana para a ONU que grupos terroristas roubaram material nuclear usado em pesquisas científicas na Universidade de Mossul.

O embaixador do Iraque na ONU, Mohammed al-Hakim, afirmou em carta enviada na terça-feira passada que homens armados roubaram cerca de 40 quilos de compostos de urânio da universidade.

Segundo o embaixador afirmou na carta, os grupos insurgentes têm conhecimentos técnicos suficientes para utilizar o material separadamente ou misturá-lo com outras substâncias para suas operações terroristas.

Além disso, alertou que o material pode ter sido levado clandestinamente para fora do país árabe, por isso Bagdá considera necessário informar à comunidade internacional e pedir apoio para evitar "que os terroristas o empreguem no Iraque e no exterior".

O Iraque se encontra imerso em uma grave crise devido ao avanço de grupos insurgentes jihadistas sunitas, que em 10 de junho conquistaram Mossul, a segunda maior cidade do país, de onde avançaram para outras regiões do norte, oeste e centro do país árabe.

Acompanhe tudo sobre:AIEAIraqueIslamismoSunitas

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal