Mundo

Massacres na Costa do Marfim: 'Não há impunidade', segundo Guillaume Soro

Primeiro-ministro do presidente reconhecido internacionalmente afirma que haverá investigações sobre a violência no país

Declarações ocorreram em uma entrevista pela rede de televisão internacional francófona TV5monde (AFP)

Declarações ocorreram em uma entrevista pela rede de televisão internacional francófona TV5monde (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 06h44.

Paris - Investigações sobre massacres registrados no oeste da Costa do Marfim serão realizadas; e os responsáveis, punidos, afirmou neste domingo à noite Guillaume Soro, o primeiro-ministro de Alassane Ouattara, presidente marfinense reconhecido pela comunidade internacional.

"A posição do governo marfinense é clara: não há impunidade. Vamos realizar investigações, e aqueles que forem responsáveis --porque queremos um Estado de Direito-- serão punidos", declarou em uma entrevista divulgada pela rede de televisão internacional francófona TV5monde.

Segundo a ONU e diversas organizações internacionais, a tomada de Duékoué --importante região do oeste do país-- por combatentes pró-Ouattara foi acompanhada de massacres em grande escala, com números que vão de 330 mortos a mil "mortos e desaparecidos".

Reagindo às acusações de abusos cometidos na sexta-feira pelas tropas pró-Ouattara nesta cidade estratégica, Soro "condenou com firmeza a facilidade com que essas organizações (...) optaram por incriminar as forças republicanas da Costa do Marfim".

Um porta-voz da ONU indicou neste domingo que durante uma conversa por telefone com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, o presidente Ouattara desmentiu novamente as acusações segundo as quais seus partidários teriam participado do massacre de sexta-feira em Duékoué.

Em relação à ofensiva sobre Abidjan, Guillaume Soro disse que as forças pró-Ouattara ainda não tinham atacado o palácio presidencial e a residência de Laurent Gbagbo. "Nós nos contentamos em perseguir as tropas de Gbagbo para esgotá-los", indicou o primeiro-ministro.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaOposição políticaPolíticaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Sobe para cinco o número de mortos em ataque a Mercado de Natal na Alemanha

Volkswagen fecha acordo com sindicatos para cortar 35 mil postos de trabalho na Alemanha

Pandemia traz lições de como lidar com tarifas de Trump, diz professor de inovação no IMD

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento