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Marta diz que é o nome mais forte para Prefeitura de SP

Candidata negou conflito com ex-presidente Lula, apesar de ele apoiar o ministro da Educação Fernando Haddad como candidato

Marta: "Fui para o segundo turno em todas (as eleições municipais) que disputei. Perdi as duas últimas, mas são situações de conjuntura" (Mario Rodrigues/Divuldação/Veja SP)

Marta: "Fui para o segundo turno em todas (as eleições municipais) que disputei. Perdi as duas últimas, mas são situações de conjuntura" (Mario Rodrigues/Divuldação/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2011 às 19h42.

São Paulo - A senadora Marta Suplicy (PT) afirmou hoje não ter nenhuma dúvida de que seu nome é o mais forte de seu partido na disputa pela Prefeitura de São Paulo. "Fui para o segundo turno em todas (as eleições municipais) que disputei. Perdi as duas últimas, mas são situações de conjuntura", avaliou. "Eu não vejo a minha pré-candidatura esmorecer, eu vejo minha candidatura forte", disse ainda.

Marta comentou novamente a situação envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende que o ministro da Educação, Fernando Haddad, seja o candidato do PT em São Paulo. Voltou a negar que exista conflito entre eles. "O Lula é muito cordial. O Lula deixa sempre uma porta aberta nas conversas. Ele está se empenhando por um nome novo", disse.

Segundo ela, "é uma característica do Lula pensar e propor ações, às vezes dão certo, às vezes não dão. E é bom ter um líder que consegue propor ações que o partido pode aceitar ou não aceitar, mas é alguém que está sempre pensando. E que sempre está inovando, está tentando buscar soluções e isso um partido que não tem lideranças desse porte não caminha".

Marta admitiu que o apoio de Lula influencia na decisão do partido. "A posição do Lula sempre influi, porque o Lula é o grande líder do partido. Claro que influi. Mas a gente tem que deixar o processo acontecer, o processo é soberano, e a conjuntura determina. Tem que esperar, tem que ter paciência". A senadora lembrou ainda a amizade que mantém com o ex-presidente. "Na vida real, o conflito não existe, existe uma amizade muito sólida, de antes da fundação do PT", declarou.

Liderança

Sobre pesquisa Datafolha divulgada hoje, em que ela aparece em todos os cenários com cerca de 30% das intenções de voto na disputa pela Prefeitura, contra 2% de Haddad, a senadora avaliou que não se trata de recall por ter participado de outras eleições. "Acho que a nossa aprovação não é advinda de um recall, de ter participado de eleição. É advinda de obra feita na cidade e isso é muito forte. Você tem marca e tem gente que tem coisas no seu cotidiano que são da nossa gestão", disse. Marta comemorou ter um "índice consolidado" e avaliou que tanto ela como Haddad podem crescer com uma boa campanha.


Marta, que participa em São Paulo do seminário Brasil Metropolitano, parceria entre ela e a Universidade Mackenzie, negou qualquer interesse eleitoral no evento. "Tudo que eu fizer pode ser interpretado do mesmo jeito", afirmou. Segundo ela, trata-se de um trabalho como senadora, que surgiu da experiência como prefeita. "É muito difícil você administrar uma capital como São Paulo, que é uma metrópole gigantesca", acrescentou.

De acordo com ela, há dificuldades de saber o que é responsabilidade de cada um dentro de uma metrópole, o que dificulta resolver questões como transporte, lixo e segurança. "Então como senadora eu estava acalentando há muito essa ideia de propor algo nessa direção. Seja projeto de lei, seja uma PEC, mas tem muitas dúvidas sobre o que fazer, qual é a melhor proposta. Então, quando você tem dúvidas, o melhor é ouvir as pessoas que mais entendem, que mais estudam, e nós temos muita gente que estuda isso no Brasil", explicou.

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