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Marinha dos EUA foi avisada de que atirador "ouvia vozes"

Aviso da polícia levanta dúvidas sobre como ele recebeu uma liberação de segurança para ter acesso ao complexo onde realizou o tiroteio


	Membros da Marinha dos Estados Unidos montam guarda em seus postos enquanto a polícia responde ao tiroteio na base naval de Washington
 (REUTERS/Joshua Roberts)

Membros da Marinha dos Estados Unidos montam guarda em seus postos enquanto a polícia responde ao tiroteio na base naval de Washington (REUTERS/Joshua Roberts)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 21h42.

Washington/Boston- A polícia de Rhode Island advertiu a Marinha dos Estados Unidos no mês passado que Aaron Alexis, que abriu fogo contra uma base naval em Washington, havia relatado estar "ouvindo vozes", levantando dúvidas sobre como ele recebeu uma liberação de segurança para ter acesso ao complexo onde realizou o tiroteio.

Autoridades dizem que Alexis, um prestador de serviços e ex-reservista da Marinha, disparou tiros contra o Naval Sea Systems Command na segunda-feira, matando 12 pessoas antes de a polícia matá-lo.

O tiroteio, que ocorreu a 2,5 quilômetros do Congresso e a 5 quilômetros da Casa Branca, provocou uma onda de alertas em Washington.

O Pentágono afirmou que vai rever os padrões de segurança em instalações militares em todo o mundo e a Casa Branca prometeu rever as normas para os fornecedores do governo federal.

Um relatório do Departamento de Defesa publicado nesta terça-feira revelou falhas de segurança que permitiram que 52 criminosos condenados tivessem acesso às instalações da Marinha, porque cortes no orçamento dificultaram os trabalhos.

Enquanto isso, a capital dos EUA fez uma pausa para lembrar as vítimas, com idades entre 46 e 73 anos.

A polícia de Newport, em Rhode Island, estava tão preocupada com o comportamento de Alexis em uma viagem de negócios em agosto que alertou a polícia da Marinha.


Alexis disse à polícia que acreditava que as pessoas o estavam seguindo e "enviando vibrações em seu corpo", segundo um relatório da polícia de Newport.

Ele disse à polícia que tinha mudado duas vezes de hotel para fugir do barulho que ouvia atravessando o piso e o teto de seu quarto, e que as pessoas que o seguiam estavam usando "uma espécie de máquina de micro-ondas" para impedi-lo de dormir.

"Com base nas implicações da base naval e a afirmação de que o sujeito envolvido, que um (Aaron Alexis) estava 'ouvindo vozes', fiz contato com a polícia da Marinha de plantão", escreveu um oficial da polícia de Newport, acrescentando que ele enviou por fax o relatório sobre o incidente à polícia da Marinha.

O relatório da polícia afirmou que a polícia da Marinha havia prometido investigar se Alexis era, de fato, um prestador de serviços da base naval.

Procurado, um porta-voz disse que a Marinha estava analisando a questão, sem confirmar quaisquer detalhes.

Além disso, a CNN informou que Alexis tinha entrado em contato com dois hospitais recentemente, o que sugere que estaria em busca de ajuda psicológica.

"Os relatórios iniciais indicam que este é um indivíduo que pode ter tido alguns problemas de saúde mental", disse o presidente dos EUA, Barack Obama, à emissora de língua espanhola Telemundo.

"O fato de que não temos um sistema suficiente de verificação de antecedentes é algo que nos torna mais vulneráveis a esses tipos de fuzilamentos em massa." A Marinha deu a Alexis uma dispensa honrosa, apesar de uma série de oito a 10 acusações de má conduta, que vão desde infrações de trânsito a conduta desordeira.

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