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Marine Le Pen abre campanha eleitoral com programa anti-imigração

A menos de 80 dias das eleições francesas, candidata de extrema-direita apresentou programa de governo parecido ao que levou Donald Trump ao poder

A líder do partido ultradireitista da França Frente Nacional (FN), Marine le Pen (Jacky Naegelen/Reuters)

A líder do partido ultradireitista da França Frente Nacional (FN), Marine le Pen (Jacky Naegelen/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de fevereiro de 2017 às 17h59.

Paris -- A menos de 80 dias das eleições presidenciais francesas, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, que lidera as pesquisas de intenção de voto, apresentou neste domingo um programa nacionalista e anti-imigração, parecido ao que levou Donald Trump ao poder.

Em um discurso em Lyon, a líder do Frente Nacional (FN) atacou "a imigração maciça", a globalização e o "fundamentalismo islâmico".

"O impossível se torna possível. Como é possível que presidentes como Donald Trump sejam eleitos contra um sistema coligado contra ele", disse Marine Le Pen em Lyon, no primeiro de 10 atos maciços de campanha.

"Este despertar dos povos é histórico. Significa o fim de um ciclo. O vento da história virou e nos levará ao topo", acrescentou, prometendo "colocar a França em ordem".

Le Pen, de 48 anos, lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno das eleições, em 23 de abril, mas seria derrotada no segundo turno, em 7 de maio, de acordo com as previsões.

Desde o escândalo que afeta a candidatura do conservador de direita François Fillon, até agora considerado favorito, as pesquisas preveem um duelo entre Le Pen e o centrista Emmanuel Macron no segundo turno.

François Fillon é suspeito de ter empregado sua esposa em um cargo fantasma, o que levou à abertura de uma investigação por desvio de fundos públicos.

Fortalecida por um partido que avança de maneira constante em todas as eleições desde 2011, Marine Le Pen aposta no sentimento de desmantelamento dos franceses, que enfrentam o desemprego e os medos relacionados com a imigração, o islã e a segurança em um país impactado por atentados jihadistas sem precedentes entre 2015 e 2016.

Antes, a candidata havia revelado as medidas principais que adotará caso seja eleita, entre elas a realização de dois referendos: um sobre a "prioridade nacional" e outro sobre o pertencimento à União Europeia.

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