Marina Silva sobe tom do discurso no Piauí
Candidata diz que não irá apelar para "baixaria" durante campanha
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, subiu o tom do discurso durante a visita ao Piauí. Ela disse que não é currículo que vai decidir o pleito, porque os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que apresentam currículo, fazem uma guerra de dossiês e baixaria. "É um plebiscito da baixaria. O povo brasileiro não merece e nem precisa disso. Não vamos entrar nesse jogo de vale tudo para saber quem faz mais ataques. Não vamos fazer esse plebiscito. Queremos discutir propostas e ideias", afirmou Marina Silva durante um encontro com militantes do Partido Verde no auditório Mestre Dezinho, no Centro de Artesanato, em Teresina.
Marina Silva criticou a divulgação que seu candidato a vice-presidente Guilherme Leal, proprietário da Natura, teria cometido contravenção ambiental. "Depois eles divulgaram a informação correta, dizendo que meu vice estava correto. Não adiantar tentarem criar factéides, com metade da informação, para tentar macular a imagem das pessoas", assegurou a presidenciável. "Não queremos entrar no jogo rasteiro. Vamos fazer criticas sem ataques para desconstruir as pessoas. Não vamos para o vale tudo na eleição. Para nós, o povo é mais relevante e merece respeito", completou.
Por outro lado, a candidata verde está associando a sua imagem a de Lula e disse que será a sucessora do presidente Lula. Ela afirmou que também é da família Silva e que será a primeira mulher a presidir o país. Marina se colocou como um Davi para enfrentar os Golias. "Vamos armar as nossas fundas e procurar umas pedras bem redondas. Mas o nosso gigante não é Dilma e nem é Serra. A testa do nosso gigante é a urna".
A senadora surpreendeu ao dizer que vai dar seguimento a política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com o plano Real, e aos programas sociais do presidente Lula, como o Bolsa Família. "Mas nossa intenção é corrigir as falhas e garantir as conquistas sociais de terceira geração, com a inclusão produtiva. Queremos corrigir os erros e apontar novos desafios".