Mundo

Marina: investidor questiona sobre autonomia do BC

Nova York - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse hoje que, durante os dois dias de encontros com investidores e empresários em Nova York, uma das preocupações apresentadas é sobre suas propostas para o ambiente de negócios no Brasil e investimentos e sua posição em relação à autonomia do Banco Central e […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Nova York - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse hoje que, durante os dois dias de encontros com investidores e empresários em Nova York, uma das preocupações apresentadas é sobre suas propostas para o ambiente de negócios no Brasil e investimentos e sua posição em relação à autonomia do Banco Central e à política macroeconômica.

A ex-ministra do Meio Ambiente tem dito que defende a manutenção da autonomia do BC e dos pilares atuais da economia de câmbio flutuante, meta de inflação e responsabilidade fiscal, além do acúmulo de reservas internacionais.

"As preocupações são de natureza geral, sobre ambiente de negócios, especialmente voltado à infraestrutura e meio ambiente. Outra questão foi se concordávamos com autonomia do Banco Central e com os instrumentos de política macroeconômica que vêm sendo implementados nos últimos 16 anos", afirmou ela durante entrevista coletiva a jornalistas após o encontro com cerca de 200 investidores, analistas e empresários em Nova York, promovido pela BM&FBovespa.

Segundo Marina, sua equipe de governo tem preocupação em evitar o superaquecimento da economia. "Essa questão vem sendo levantada internamente pela nossa equipe. Muito mais pelo sentido de que não podemos ter superaquecimento da economia e precisamos ter o cuidado para que os investimentos sejam duradouros", disse.

Marina veio a NY acompanhada do seu vice, Guilherme Leal, e pelo economista Eduardo Giannetti, um dos elaboradores do seu programa de governo. Em todas as vezes durante conversas com jornalistas em que houve alguma pergunta sobre juros, Marina passou a palavra a Giannetti. Segundo ele, o Brasil tem uma das taxas de juros mais altas do planeta e o Banco Central acaba tendo um papel "ingrato" num contexto de muito crescimento e gastos fiscais. "Para evitar que a economia dê passo maior do que a perna, o BC tem que manter os juros elevados", disse o economista.

Giannetti afirmou que é preciso reduzir os juros, mas que a plataforma de Marina "não tem meta quantitativa" sobre qual seria o patamar ideal. "É uma questão de calibragem", afirmou. Ele disse ainda que é necessário que seja feita no Brasil uma reforma fiscal para manter o gasto público sob controle.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCelebridadesEleiçõesEleições 2010EmpresáriosEstados Unidos (EUA)Marina SilvaMercado financeiroPaíses ricosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA