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Marina diz que apoio no 2º turno, se houver, será programático

A ex-candidata reiterou que uma decisão sobre um eventual apoio no segundo turno será tomada após consulta a todos os setores de seu partido

Marina foi a candidata que mais cresceu na reta final para o primeiro turno  (.)

Marina foi a candidata que mais cresceu na reta final para o primeiro turno (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

São Paulo - A ex-candidata do PV à Presidência Marina Silva, disse nesta quarta-feira que seu apoio a Dilma Rousseff (PT) ou a José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, se houver, será dado em bases programáticas.

"Nós não podemos nos apequenar a uma discussão de conveniência", disse Marina em entrevista à rádio Jovem Pan. Ela teve quase 20 milhões de votos e foi a terceira mais votada no primeiro turno da eleição presidencial realizada no domingo.

"Não adianta apenas ter declaração de intenção. As pessoas têm que entender o que as urnas estão dizendo", afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente, acrescentando que a plataforma defendida por sua candidatura e por seu partido será apresentada para Serra e para Dilma.

A ex-candidata reiterou que uma decisão sobre um eventual apoio no segundo turno será tomada após consulta a todos os setores de seu partido.

Perguntada se pretende seguir a posição do PV após a consulta, Marina respondeu que: "Vou me submeter a esse processo." A ex-candidata não deu mais detalhes.

Marina foi a candidata que mais cresceu na reta final para o primeiro turno e, no domingo, conseguiu votação bastante superior ao que vinha sendo apontado pelas pesquisas de intenção de voto antes da eleição.

O desempenho da verde, apontado como um dos fatores que impediram vitória de Dilma já no domingo e que provocou o segundo turno, fez que com Marina passasse a ser cortejada por PT e PSDB, que buscam o apoio da ex-ministra de olho na parcela do eleitorado conquistada por ela.

"Eu nem estou colocando essa palavra apoio ou não apoio. Estou colocando a palavra posição", disse. "Quando eu decidir a minha posição em relação a esse processo, ela será de conhecimento dos brasileiros e dos candidatos. O que eu vou fazer com ela, eu vou decidir depois", disse quando questionada se participaria da propaganda eleitoral do candidato que eventualmente decidir apoiar.

Marina reclamou também dos institutos de pesquisa, e deu a entender que as sondagens impediram que ela amealhassem mais votos.

"Eu diria que foi um problema, porque muita gente se referenciava nas pesquisas", avaliou. Para a ex-ministra, os institutos não capturaram "metodologicamente o que se via nas ruas".

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