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Marina diz que adversários vivem em `mundo de ficção´

Na opinião da candidata do PV à Presidência, Dilma e Serra não têm muitas diferenças

A candidata do Partido Verde à Presidência da República, Marina Silva (Valter Campanato/ABr)

A candidata do Partido Verde à Presidência da República, Marina Silva (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Ribeirão Preto, São Paulo - A candidata do PV a presidente da República, Marina Silva, voltou a defender hoje duas mulheres no segundo turno da eleição, em uma referência a uma possível disputa entre ela e sua adversária Dilma Rousseff (PT). "Parece-me que a sociedade quer uma mulher no segundo turno", afirmou, após participar do "Fórum Internacional Sobre o Futuro do Etanol", em Sertãozinho (SP).

"Vamos botar as duas para que, com tempo igual, possam debater e, depois de 500 anos, o Brasil possa decidir qual a mulher que quer ver na Presidência", completou a candidata. Apesar de admitir a ida de Dilma a um possível segundo turno na eleição para presidente, Marina igualou a adversária ao candidato tucano, José Serra (PSDB).

Segundo ela, os dois criaram mundos de ficção, com cores diferentes. "Em um (mundo), tudo é resolvido, é o mundo azul, de Serra". "No mundo da Dilma, está praticamente tudo cor-de-rosa e vai continuar cor-de-rosa", afirmou a candidata. "Serra e Dilma são parecidos, ambos são desenvolvimentistas e têm perfil gerencial". Marina também falou que o País precisa de visão estratégica para saúde, educação e infraestrutura.

Marina usou a cor cinza para exemplificar a situação atual em alguns setores e avaliar o que, na opinião dela, ainda precisa ser melhorado. "Temos a cor cinza da educação em que 40% das crianças não chegam à oitava série, da saúde, com pessoas horas e horas na fila para uma consulta, e ainda com 80% dos assassinatos entre a população jovem destruída pelo crack".


Pesquisa

Mesmo com os resultados desfavoráveis das pesquisas - que a colocam no terceiro lugar e com a possibilidade de Dilma vencer já no primeiro turno - Marina afirmou que na democracia "ninguém pode se entregar à derrota antes do tempo e nem à vitória".

A candidata reafirmou o bordão de que ao eleitor cabe a decisão, para justificar a crença que ainda pode disputar o segundo turno. "Na hora que os brasileiros se depararem com a realidade e saírem desse mundo de fantasia, o eleitor vai começar a ver que o País precisa ter outra atitude em relação ao futuro", disse.

Marina afirmou ainda que os governos dos últimos 16 anos adotaram, "lamentavelmente", discursos e práticas que opõem meio ambiente ao desenvolvimento, "como se as duas coisas não fossem compatíveis", numa referência aos oito anos do governo petista e outros oito do PSDB.

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