Mundo

María Corina Machado chega a Oslo e faz aparição em sacada do hotel

Sem a presença de Corina, a entrega do prêmio Nobel foi feita à sua filha, Ana Corina Sosa, que representou sua mãe no evento

Maria Corina Machado: vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025 apareceu na sacada do Grand Hotel de Oslo, na Noruega, e acenou aos simpatizantes.  (Odd ANDERSEN / AFP via Getty Images)

Maria Corina Machado: vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2025 apareceu na sacada do Grand Hotel de Oslo, na Noruega, e acenou aos simpatizantes. (Odd ANDERSEN / AFP via Getty Images)

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 06h54.

Última atualização em 11 de dezembro de 2025 às 06h58.

A líder opositora venezuelana e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, chegou a Oslo e fez uma aparição pública na sacada do hotel em que está hospedada nesta quinta-feira, 11.

Segundo informações da EFE, Machado acenou aos simpatizantes e cantou o hino nacional da Venezuela. Na quarta-feira, ex-deputada venezuelana optou por um encontro privado com sua família, afirmou o presidente do Comitê Nobel Norueguês, Jorgen Watne Frydnes.

Está previsto um pronunciamento nas próximas horas em uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store.

Entrega do Nobel à filha de Machado

Sem a presença de Corina, a entrega do prêmio Nobel foi feita à sua filha, Ana Corina Sosa, que representou sua mãe no evento. "Foi um dia maravilhoso", declarou Frydnes, agradecendo aos presentes pelo apoio à causa de Machado.

"Aos nossos presos políticos, aos perseguidos, às suas famílias e a todos que defendem os direitos humanos, a eles pertence esta homenagem", disse Sosa.

No discurso, ela ressaltou que o candidato de oposição Edmundo González "ganhou com 67% dos votos" e foi aplaudida.

"A ditadura respondeu aplicando o terror. Duas mil e quinhentas pessoas foram sequestradas, desapareceram ou foram torturadas. Eles marcaram suas casas e fizeram famílias inteiras de reféns. Padres, professores, enfermeiras, estudantes: todos perseguidos por compartilharem um documento eleitoral. Crimes contra a humanidade, documentados pelas Nações Unidas; terrorismo de Estado, usado para sufocar a vontade do povo", afirmou.

Apesar do cenário, Ana defendeu que a luta contra o presidente Nicolás Maduro, que comanda uma ditadura na Venezuela, chegará ao fim.

"A Venezuela voltará a respirar. Abriremos as portas das prisões e veremos o sol nascer sobre milhares de pessoas inocentes, injustamente encarceradas, finalmente abraçadas por aqueles que nunca deixaram de lutar por elas. Veremos avós sentarem seus netos no colo para contar histórias, não de heróis distantes, mas da coragem de seus próprios pais", disse.

"Meus queridos venezuelanos, o mundo se maravilhou com o que conquistamos. E em breve testemunhará uma das imagens mais comoventes do nosso tempo: o retorno de nossos entes queridos para casa", afirmou.

A líder da oposição do regime de Nicolás Maduro está vivendo na clandestinidade na Venezuela e enfrentou dificuldades para sair do país devido a questões políticas e logísticas.

Seu atraso de quase três dias em relação ao cronograma original ocorreu, em parte, à incerteza sobre a situação de sua saída do país. Machado não faz aparições públicas desde janeiro deste ano, o que aumentou ainda mais a expectativa por sua chegada.

*Com informações da EFE

Acompanhe tudo sobre:Prêmio NobelVenezuela

Mais de Mundo

Milei inicia 2ª metade do mandato com mais poder no Congresso

México aprova tarifas de até 50% sobre China e outros países da Ásia

Trump diz que Petro pode ser 'o próximo' após Maduro

EUA apreendem petroleiro na costa da Venezuela em meio à pressão sobre Maduro