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Marchas anti-Trump se espalham pelo planeta

Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (3), em diferentes partes do mundo, para protestar contra o magnata republicano

Protesto contra o presidente em Los Angeles, na Califórnia: americanos pedem investigação sobre interferência da Rússia nas eleições e protestam contra saída do acordo de Paris (John Fredricks/Reuters)
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AFP

Publicado em 4 de junho de 2017 às 14h39.

A decisão de presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris e as suspeitas de seus vínculos com a Rússia levaram milhares de pessoas às ruas neste sábado (3), em diferentes partes do mundo, para protestar contra o magnata republicano, embora alguns também tenham se reunido para apoiá-lo.

A maioria das manifestações aconteceu nos Estados Unidos e, somente em Nova York, cerca de 3.000 pessoas se concentraram na Foley Square, na parte baixa de Manhattan, com cartazes que diziam "Mentiroso!", "Prendam ele", "Vamos recuperar os EUA", entre outras palavras de ordem.

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Um número similar de pessoas se reuniu ao redor do monumento a Washington, na capital, mas, neste caso, para exigir uma investigação completa e independente sobre os vínculos da equipe de campanha de Trump com a Rússia que teriam contribuído para a vitória republicana na eleição presidencial de 2016.

Vários atos foram organizados em cidades em pontos espalhados do planeta, indo de Portland, no estado americano do Oregon, a Lima, no Peru, passando por Munique, na Alemanha. Em algumas dessas passeatas também se exigia que Trump divulgasse sua declaração de impostos, o que o presidente se nega a fazer desde os tempos da campanha.

Os protestos nos Estados Unidos foram pacíficos neste sábado, mas visivelmente menores do que aqueles que se seguiram à vitória de Trump nas urnas.

Ao mesmo tempo, centenas foram para a frente da Casa Branca expressar seu apoio ao presidente, no ato chamado "Pittsburgh, não Paris" - em alusão ao discurso de quinta-feira passada (1º), quando anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris.

"Fui eleito para representar os cidadãos de Pittsburgh, não de Paris", vaticinou Trump nesse dia.

Entre os simpatizantes de Trump estava Vince Harrison, de 56 anos, um bombeiro aposentado de Washington, que disse participar da primeira manifestação de sua vida: "Esse tratado nos custava milhões de dólares, enquanto outros países não colocavam nada".

Na manifestação a favor de Trump, muitas pessoas afirmaram não se importar com que os Estados Unidos sejam o único país a deixar o Acordo de Paris - além de Nicarágua e Síria, que não firmaram o pacto -, alegando que há coisas mais urgentes, como construir o prometido muro na fronteira com o México.

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