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Marcha em Madri critica gestão da crise

Com lema 'Não devemos, não pagamos', homens e mulheres de todas as idades, alguns com crianças, partiram em um clima de festa da sede da União Europeia

Multidão marcha exibindo cartazes de protesto contra gestão da crise financeira espanhola durante 'panelaço' em Madri (Pedro Armestre/AFP)

Multidão marcha exibindo cartazes de protesto contra gestão da crise financeira espanhola durante 'panelaço' em Madri (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2012 às 16h40.

Madri - Batendo panelas, frigideiras e tampas para se fazer ouvir pelos poderes públicos, cerca de dois mil espanhóis marcharam no sábado no centro de Madri para protestar que os efeitos da crise recaiam na população, enquanto os bancos são resgatados.

Convocados pelos 'indignados', sob o lema "Não devemos, não pagamos", homens e mulheres de todas as idades, alguns com crianças, partiram em um clima de festa da sede da União Europeia, na capital espanhola, até a emblemática praça Porta do Sol.

"É mentira tudo o que nos estão dizendo, que a causa desta crise é o gasto dos serviços públicos, da saúde, da educação, quando sabemos que os governos estão financiando os bancos", disse Marita Casa, professora aposentada que exibia na cabeça uma panela enfeitada com uma flor.

Ao seu redor, centenas de pessoas gritavam, "Não é uma crise, é uma fraude!" e "Não pagamos esta dívida!".

Ainda que em menor número do que em outros protestos, os manifestantes conseguiram causar grande barulho, usando o que tivessem a mão, como tambores, conchas de cozinha, pedaços de pau ou buzinas de bicicleta.

"A ideia é fazer muito barulho para que nos ouçam, embora já sabemos que estes dirigentes não têm ouvidos para nós", dizia Marita, enquanto pedia "um sistema econômico diferente, que não se baseie no crescimento, mas nas pessoas".

Enquanto isso, um idoso distribuía para a multidão cartazes onde se podia ler "Ditadura dos bancos NÃO", "Privatizam para roubar mais" e "Euro-roubo".

"Parece patético que tenham dado o prêmio Nobel da Paz à União Europeia", revoltou-se Olga Díez, administradora de 45 anos, considerando que Bruxelas também é responsável de que o cidadão comum pague por uma crise que não provocou.

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