Marcha das Mulheres 2018 mira barreiras políticas
ÀS SETE - Ação ocorre em um momento em que o movimento feminista ganhou mais frentes de reivindicações
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 06h44.
Última atualização em 19 de janeiro de 2018 às 07h32.
As mulheres saem em protesto por todo o mundo neste fim de semana para a segunda edição do Women’s March.
Quando o movimento tomou as ruas pela primeira vez, um dia após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em janeiro de 2017, tornou-se a maior mobilização da história americana, com mais de 3,3 milhão de participantes em dezenas de cidades. Agora, a pauta cresceu, e o movimento feminista ganhou mais frentes de reivindicações.
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No início deste ano, as estrelas de Hollywood voltaram os holofotes para o movimento Time’s Up!, fundado para dar suporte às vítimas de violência sexual na indústria cinematográfica, durante a premiação do Globo de Ouro.
Em dezembro, as mulheres que quebraram o silêncio contra o assédio usando a hashtag #metoo (eu também), revelando histórias pessoais e denunciando agressores como o cineasta Harvey Weinstein, foram eleitas as pessoas do ano pela revista TIME.
A primeira Women’s March mostrou como a luta de mulheres ganhou as massas, e como mulheres que antes não estavam tão engajadas começaram a ter mais noção da necessidade de atuar civicamente.
Mais de 600 marchas ganharam o mundo, e a expectativa é de que o número de protestos cresça este ano. O foco deve ser o incentivo à participação de mulheres na política, inclusive entrando na disputa por cargos em eleições.
Em Washington DC, a marcha deve seguir em direção à Casa Branca por volta das 13h, neste sábado.
A resistência a Trump segue justificada: ele foi o presidente a nomear maior número de homens no Executivo nas últimas décadas, as mulheres precisam reunir mais provas para denunciar casos de assédio em universidades, o acesso grátis a contraceptivos no sistema de saúde foi limitado, dentre outras medidas.
Países com Zâmbia, Austrália e Brasil também devem receber a marcha das mulheres neste fim de semana.