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Manifestantes pró-Mursi se preparam para mobilização

A Aliança declarou que o objetivo da mobilização é "acabar com o regime militar que cometeu a maioria dos crimes desde 2011 que derrubou Mursi"


	Mohamed Mursi: em comunicado, a coalizão liderada pela Irmandade Muçulmana explicou que a mobilização acontecerá até 11 de fevereiro
 (AFP)

Mohamed Mursi: em comunicado, a coalizão liderada pela Irmandade Muçulmana explicou que a mobilização acontecerá até 11 de fevereiro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 11h02.

Cairo - A Aliança contra o golpe de Estado, que reúne partidários do presidente deposto Mohamed Mursi, convocou 18 dias de protestos em todo o Egito a partir de sexta-feira para marcar o terceiro aniversário da revolta que derrubou Hosni Mubarak.

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, a coalizão liderada pela Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, explicou que a mobilização acontecerá até 11 de fevereiro, o aniversário da queda de Hosni Mubarak, após 18 dias de uma revolta popular.

A Aliança declarou que o objetivo da mobilização é "acabar com o regime militar que cometeu a maioria, se não todos, dos crimes horríveis e vergonhosos cometidos desde 25 de janeiro de 2011, e que atingiu seu apogeu após o golpe militar" que derrubou Mursi.

O exército depôs e prendeu no dia 3 de julho o presidente Mursi, o primeiro chefe de Estado democraticamente eleito no país, depois de manifestações de massa exigindo a sua saída.

Seus detratores o acusavam de não ter sido capaz de gerir o país e de ter servido aos interesses de sua fraternidade.

Enquanto isso, os partidários de Mursi organizam regularmente manifestações, apesar da dificuldade de mobilização devido à violenta repressão contra eles por parte das autoridades.

Mais de mil islamitas morreram e milhares de outros foram detidos.

O dia 25 de janeiro se anuncia tensa, e o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, pediu aos partidários do governo, dirigido de facto pelo exército, para manifestar em massa neste dia para combater "o plano da Irmandade Muçulmana para espalhar o caos".

A Aliança convocou manifestações "não violentas" e "pacíficas", mas seus comícios muitas vezes degeneram em confrontos com as forças de segurança ou manifestantes anti-Mursi.

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