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Manifestantes pedem a renúncia do governo na Jordânia

População não gostou das reformas propostas pelo rei Abdullah II e quer mudanças

Protesto anti-regime na Jordânia: manifestantes querem dissolução do Parlamento (Salah Malkawi/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2011 às 17h59.

Amã - Centenas de jordanianos se manifestaram nesta sexta-feira após a oração comunitária em duas localidades situadas ao sul de Amã para pedir a renúncia do gabinete do primeiro-ministro, Marouf Bakhit, e a dissolução do Parlamento.

Os protestos aconteceram em Tafileh e Karkak, localizadas a 180 e 120 quilômetros respectivamente da capital, e criticaram as emendas constitucionais propostas por um grupo de especialistas eleito pelo rei Abdullah II.

"Essas recomendações não estão à altura das aspirações do povo", declararam os manifestantes em comunicado, antes de ressaltar que o povo jordaniano espera iniciativas de reforma mais sérias.

Na semana passada, o monarca hachemita anunciou que iniciará uma série de "emendas históricas" à Constituição que incluem novidades como a criação de um tribunal constitucional, a supervisão das eleições gerais por um órgão independente e a possibilidade de julgar os ministros pela via civil.

Insatisfeitos, os manifestantes também acusaram nesta sexta-feira muitos membros do Parlamento de se aliar com o Governo para "proteger os corruptos", em alusão à recente atitude da Câmara, que isentou de responsabilidade Bakhit e antigos membros de seu Governo de um caso de fraude.

Da mesma maneira, centenas de pessoas se concentraram na cidade de Mafraq, a 60 quilômetros ao leste da capital, para expressar seu apoio aos grupos de oposição sírios que exigem reformas democráticas.

A manifestação foi organizada por simpatizantes da oposição síria e pelo movimento dos Irmãos Muçulmanos na Jordânia, e foram ditas palavras de ordem contra o massacre de civis no país vizinho.

O ex-líder dos Irmãos Muçulmanos, Salem Falahat, criticou os governos árabes pelo que denominou como "silêncio vergonhoso", em referência à situação da Síria, onde desde o mês de março os choques entre as forças de segurança e os manifestantes causaram mais de 2,2 mil mortes.

Na Jordânia, assim como em outras nações do mundo árabe, ocorrem há meses protestos contra o Governo inspiradas nas revoluções da Tunísia e do Egito, embora sejam em geral mais pacíficas e menos numerosas que as de outros locais da região.

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Amã - Centenas de jordanianos se manifestaram nesta sexta-feira após a oração comunitária em duas localidades situadas ao sul de Amã para pedir a renúncia do gabinete do primeiro-ministro, Marouf Bakhit, e a dissolução do Parlamento.

Os protestos aconteceram em Tafileh e Karkak, localizadas a 180 e 120 quilômetros respectivamente da capital, e criticaram as emendas constitucionais propostas por um grupo de especialistas eleito pelo rei Abdullah II.

"Essas recomendações não estão à altura das aspirações do povo", declararam os manifestantes em comunicado, antes de ressaltar que o povo jordaniano espera iniciativas de reforma mais sérias.

Na semana passada, o monarca hachemita anunciou que iniciará uma série de "emendas históricas" à Constituição que incluem novidades como a criação de um tribunal constitucional, a supervisão das eleições gerais por um órgão independente e a possibilidade de julgar os ministros pela via civil.

Insatisfeitos, os manifestantes também acusaram nesta sexta-feira muitos membros do Parlamento de se aliar com o Governo para "proteger os corruptos", em alusão à recente atitude da Câmara, que isentou de responsabilidade Bakhit e antigos membros de seu Governo de um caso de fraude.

Da mesma maneira, centenas de pessoas se concentraram na cidade de Mafraq, a 60 quilômetros ao leste da capital, para expressar seu apoio aos grupos de oposição sírios que exigem reformas democráticas.

A manifestação foi organizada por simpatizantes da oposição síria e pelo movimento dos Irmãos Muçulmanos na Jordânia, e foram ditas palavras de ordem contra o massacre de civis no país vizinho.

O ex-líder dos Irmãos Muçulmanos, Salem Falahat, criticou os governos árabes pelo que denominou como "silêncio vergonhoso", em referência à situação da Síria, onde desde o mês de março os choques entre as forças de segurança e os manifestantes causaram mais de 2,2 mil mortes.

Na Jordânia, assim como em outras nações do mundo árabe, ocorrem há meses protestos contra o Governo inspiradas nas revoluções da Tunísia e do Egito, embora sejam em geral mais pacíficas e menos numerosas que as de outros locais da região.

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