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Manifestantes morrem em confrontos na Ucrânia

Três manifestantes morreram baleados durante confrontos com as forças de segurança em Kiev

Manifestantes enfrentam a polícia na Ucrânia: "ao menos três pessoas morreram. Todas atingidas por balas", declarou chefe do serviço médico da oposição (Sergei Supinsky/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 10h52.

Kiev - Três manifestantes morreram baleados durante confrontos com as forças de segurança nesta terça-feira em Kiev, enquanto ativistas da oposição ocuparam brevemente a sede do Partido das Regiões, do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich.

"Ao menos três pessoas morreram. Todas atingidas por balas", declarou à imprensa Oleg Moussiï, chefe do serviço médico da oposição .

Além disso, ao menos 150 manifestantes ficaram feridos, 30 deles gravemente. Um manifestante teve uma mão amputada, enquanto outros sofreram traumatismos cranianos e ferimentos nos braços e pernas.

A oposição havia prometido uma "ofensiva pacífica" para pressionar os deputados no Parlamento, reunindo 20.000 pessoas para uma passeata que degenerou em violentos confrontos.

A polícia utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes, que responderam com pedras contra os agentes que protegiam o local.

A polícia contabilizou 37 feridos entre seus agentes.

Mais de 200 manifestantes atacaram durante a manhã a sede do partido do presidente Yanukovich com coquetéis molotov e quebraram as portas com machados.

Os ativistas chegaram a invadir e ocupar o local, mas precisaram se retirar com a aproximação das forças de segurança.

Os confrontos entre as duas partes se espalharam por várias ruas deste bairro governamental.

Nesta terça-feira, os deputados ucranianos deveriam examinar um projeto de reforma constitucional que reduz os poderes do presidente em benefício do governo e do Parlamento.

Estes foram os primeiros confrontos em Kiev desde o fim de janeiro, quando os enfrentamentos deixaram quatro mortos e mais de 500 feridos.


Durante a manhã, o comando da oposição, na Praça da Independência, ocupada há três meses pelos manifestantes hostis ao presidente Yanukovich, tentava evitar os confrontos entre os elementos mais radicais dos protestos e a polícia.

"Nosso objetivo é cercar o Parlamento e bloquear o local para impedir que os deputados nomeiem um primeiro-ministro 'russo'", declarou Andrii Parubii, deputado de oposição e integrante do partido da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko.

Uma ala da oposição acredita que Yanukovich poderia nomear nesta terça-feira um novo primeiro-ministro.

A oposição acusa o governo ucraniano de ceder às pressões de Moscou desde que Yanukovich desistiu de assinar, em novembro, um acordo de associação com a União Europeia e optou por uma negociação com a Rússia.

O embaixador americano na Ucrânia , Geoffrey Pyatt, lamentou "a retomada da violência" na capital do país.

"É preciso que a política seja feita no Parlamento, e não na rua", escreveu em sua conta no Twitter.

Por sua vez, a diplomacia russa declarou que este retorno à violência é o "resultado" da política dos ocidentais que encorajaram a escalada de tais atos.

"O que acontece atualmente na Ucrânia é o resultado direto da política e apaziguamento dos políticos ocidentais e das estruturas europeias que, desde o início da crise, fecham os olhos para atos agressivos das forças radicais no país, incentivando a escalada e as provocações contra a autoridade legal", considerou o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.

"Nós pedimos mais uma vez à oposição ucraniana para que renuncie às ameaças e aos ultimatos e que inicie um diálogo com o poder a fim de permitir uma saída para a crise", acrescentou o ministério.

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Kiev - Três manifestantes morreram baleados durante confrontos com as forças de segurança nesta terça-feira em Kiev, enquanto ativistas da oposição ocuparam brevemente a sede do Partido das Regiões, do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich.

"Ao menos três pessoas morreram. Todas atingidas por balas", declarou à imprensa Oleg Moussiï, chefe do serviço médico da oposição .

Além disso, ao menos 150 manifestantes ficaram feridos, 30 deles gravemente. Um manifestante teve uma mão amputada, enquanto outros sofreram traumatismos cranianos e ferimentos nos braços e pernas.

A oposição havia prometido uma "ofensiva pacífica" para pressionar os deputados no Parlamento, reunindo 20.000 pessoas para uma passeata que degenerou em violentos confrontos.

A polícia utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes, que responderam com pedras contra os agentes que protegiam o local.

A polícia contabilizou 37 feridos entre seus agentes.

Mais de 200 manifestantes atacaram durante a manhã a sede do partido do presidente Yanukovich com coquetéis molotov e quebraram as portas com machados.

Os ativistas chegaram a invadir e ocupar o local, mas precisaram se retirar com a aproximação das forças de segurança.

Os confrontos entre as duas partes se espalharam por várias ruas deste bairro governamental.

Nesta terça-feira, os deputados ucranianos deveriam examinar um projeto de reforma constitucional que reduz os poderes do presidente em benefício do governo e do Parlamento.

Estes foram os primeiros confrontos em Kiev desde o fim de janeiro, quando os enfrentamentos deixaram quatro mortos e mais de 500 feridos.


Durante a manhã, o comando da oposição, na Praça da Independência, ocupada há três meses pelos manifestantes hostis ao presidente Yanukovich, tentava evitar os confrontos entre os elementos mais radicais dos protestos e a polícia.

"Nosso objetivo é cercar o Parlamento e bloquear o local para impedir que os deputados nomeiem um primeiro-ministro 'russo'", declarou Andrii Parubii, deputado de oposição e integrante do partido da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko.

Uma ala da oposição acredita que Yanukovich poderia nomear nesta terça-feira um novo primeiro-ministro.

A oposição acusa o governo ucraniano de ceder às pressões de Moscou desde que Yanukovich desistiu de assinar, em novembro, um acordo de associação com a União Europeia e optou por uma negociação com a Rússia.

O embaixador americano na Ucrânia , Geoffrey Pyatt, lamentou "a retomada da violência" na capital do país.

"É preciso que a política seja feita no Parlamento, e não na rua", escreveu em sua conta no Twitter.

Por sua vez, a diplomacia russa declarou que este retorno à violência é o "resultado" da política dos ocidentais que encorajaram a escalada de tais atos.

"O que acontece atualmente na Ucrânia é o resultado direto da política e apaziguamento dos políticos ocidentais e das estruturas europeias que, desde o início da crise, fecham os olhos para atos agressivos das forças radicais no país, incentivando a escalada e as provocações contra a autoridade legal", considerou o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.

"Nós pedimos mais uma vez à oposição ucraniana para que renuncie às ameaças e aos ultimatos e que inicie um diálogo com o poder a fim de permitir uma saída para a crise", acrescentou o ministério.

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