Livros de Tony Blair: críticas contra a guerra do Iraque ainda estão presentes na vida do ex-primeiro ministro (.)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2010 às 09h44.
Londres - Manifestantes contrários à Guerra do Iraque lançaram hoje ovos e sapatos contra Tony Blair, quando o ex-primeiro-ministro do Reino Unido chegava a uma livraria em Dublin para autografar seu livro de memórias.
Os "mísseis caseiros" não atingiram o ex-líder trabalhista na chegada à livraria Eason, na rua O'Connell, mas a Polícia teve trabalho para conter os manifestantes que tentavam ultrapassar a barreira montada em frente ao prédio.
Com a chegada de Blair era possível ouvir gritos e frases como: "Hey, hey, Tony, quantas crianças você matou hoje", "Tony Blair, criminoso de guerra" e "vejo sangue em suas mãos".
Por outro lado, mais de 300 pessoas fizeram fila em frente à livraria para garantir um autógrafo do ex-premiê. O texto alcançou vendas "sem precedentes" em seu primeiro à venda, como confirmou a livraria britânica Waterstone's.
Waterstone's, a maior rede de livrarias do Reino Unido, não forneceu números, mas classificou o sucesso do livro do ex-primeiro-ministro (entre 1997 e 2007) de "estupendo", pois "nunca tínhamos visto um livro vender tão rápido em um só dia".
Blair revelou em suas memórias o alcance da má relação com seu sucessor, Gordon Brown, quem definiu como um homem "exasperante" e com "inteligência emocional zero".
Nas 718 páginas do livro, o político relata sem muitas novidades os fatos importantes que ocorreram ao longo de seus dez anos no Governo, como o processo de paz na Irlanda do Norte, a morte da princesa Diana (1997), os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e a controvérsia invasão do Iraque.
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