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Manifestantes egípcios tentam atingir Canal de Suez

Manifestantes egípcios incendiaram prédios em Cairo e tentaram interromper o transporte internacional no Canal de Suez

Manifestante segura bandeira nacional durante confronto com a polícia no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2013 às 15h59.

Cairo - Manifestantes egípcios incendiaram prédios em Cairo e tentaram interromper o transporte internacional no Canal de Suez, sem sucesso, após a decisão de um tribunal que julgava um tumulto mortal de futebol ter alimentado a fúria em um país marcado pelas condições cada vez piores de segurança.

O julgamento enfureceu os moradores de Port Said, na entrada norte do Canal de Suez, ao confirmar sentenças de morte impostas a 21 torcedores locais de futebol pela sua participação em um tumulto no último ano no qual mais de 70 pessoas foram mortas.

Mas o tribunal também irritou fãs rivais no Cairo, ao absolver outros 28 réus que queriam ver punidos, incluindo sete membros da força policial que são abominados pela sociedade devido a sua brutalidade sob o poder do autocrata deposto Hosni Mubarak.

Fontes de segurança disseram que uma pessoa morreu no Cairo pelos efeitos de gás lacrimogêneo e outras 65 ficaram feridas, algumas por balas de borracha.

Os protestos de sábado e a violência destacaram a maneira como o presidente islâmico Mohamed Mursi está lutando --dois anos após a queda de Mubarak-- para manter a lei e a ordem em um momento de crise econômica e política.

Na terça-feira, a comissão eleitoral do Egito descartou a programação sob a qual as eleições para a Câmara dos Deputados deveriam começar no próximo mês, seguindo uma decisão do tribunal que lançou o processo inteiro em confusão.

A desordem no estádio aconteceu no ano passado, no fim de uma partida em Port Said entre o time local Al-Masry e o Al-Ahky de Cairo. Espectadores foram esmagados quando multidões em pânico tentaram escapar do estádio após uma invasão dos torcedores do Al-Masry. Outros caíram ou foram atirados das arquibancadas.

O juiz Sobhy Abdel Maguid, listando os nomes dos 21 torcedores do Al-Masry, disse que a corte de Cairo havia confirmado a "pena de morte por enforcamento". Ele também sentenciou mais cinco pessoas a prisão perpétua e outros 73 réus receberam sentenças mais curtas.

Em Port Said, onde o Exército assumiu a segurança na cidade no lugar da polícia na sexta-feira, cerca de 2 mil habitantes que não queriam a pena de morte para os torcedores bloquearam balsas que cruzaram o Canal de Suez.

Testemunhas disseram que jovens também desamarraram barcos velozes utilizados para abastecer navios, na esperança de que conseguiriam barrar o caminho de embarcações que passavam pelo canal.

A polícia militar recuperou cinco desses barcos e os levou de voltar à margem, mas dois ainda estavam à deriva, disse uma testemunha.

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Cairo - Manifestantes egípcios incendiaram prédios em Cairo e tentaram interromper o transporte internacional no Canal de Suez, sem sucesso, após a decisão de um tribunal que julgava um tumulto mortal de futebol ter alimentado a fúria em um país marcado pelas condições cada vez piores de segurança.

O julgamento enfureceu os moradores de Port Said, na entrada norte do Canal de Suez, ao confirmar sentenças de morte impostas a 21 torcedores locais de futebol pela sua participação em um tumulto no último ano no qual mais de 70 pessoas foram mortas.

Mas o tribunal também irritou fãs rivais no Cairo, ao absolver outros 28 réus que queriam ver punidos, incluindo sete membros da força policial que são abominados pela sociedade devido a sua brutalidade sob o poder do autocrata deposto Hosni Mubarak.

Fontes de segurança disseram que uma pessoa morreu no Cairo pelos efeitos de gás lacrimogêneo e outras 65 ficaram feridas, algumas por balas de borracha.

Os protestos de sábado e a violência destacaram a maneira como o presidente islâmico Mohamed Mursi está lutando --dois anos após a queda de Mubarak-- para manter a lei e a ordem em um momento de crise econômica e política.

Na terça-feira, a comissão eleitoral do Egito descartou a programação sob a qual as eleições para a Câmara dos Deputados deveriam começar no próximo mês, seguindo uma decisão do tribunal que lançou o processo inteiro em confusão.

A desordem no estádio aconteceu no ano passado, no fim de uma partida em Port Said entre o time local Al-Masry e o Al-Ahky de Cairo. Espectadores foram esmagados quando multidões em pânico tentaram escapar do estádio após uma invasão dos torcedores do Al-Masry. Outros caíram ou foram atirados das arquibancadas.

O juiz Sobhy Abdel Maguid, listando os nomes dos 21 torcedores do Al-Masry, disse que a corte de Cairo havia confirmado a "pena de morte por enforcamento". Ele também sentenciou mais cinco pessoas a prisão perpétua e outros 73 réus receberam sentenças mais curtas.

Em Port Said, onde o Exército assumiu a segurança na cidade no lugar da polícia na sexta-feira, cerca de 2 mil habitantes que não queriam a pena de morte para os torcedores bloquearam balsas que cruzaram o Canal de Suez.

Testemunhas disseram que jovens também desamarraram barcos velozes utilizados para abastecer navios, na esperança de que conseguiriam barrar o caminho de embarcações que passavam pelo canal.

A polícia militar recuperou cinco desses barcos e os levou de voltar à margem, mas dois ainda estavam à deriva, disse uma testemunha.

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