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Manifestantes da oposição egípcia se dirigem à praça Tahrir

O protesto foi convocado após a emissão de duas fatwas (editos religiosos) que pediam a morte de líderes opositores


	Manifestantes anti-governo segura bandeira durante manifestação no Cairo: eles também vão protestar contra o presidente islamita, Mohamed Mursi
 (Gianluigi Guercia/AFP)

Manifestantes anti-governo segura bandeira durante manifestação no Cairo: eles também vão protestar contra o presidente islamita, Mohamed Mursi (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 12h38.

Cairo - Manifestantes se dirigiam nesta sexta-feira à praça Tahrir do Cairo para participar de uma concentração convocada pela oposição após a emissão de duas fatwas (editos religiosos) que pediam a morte de líderes opositores egípcios.

Também estão previstos protestos contra o presidente islamita, Mohamed Mursi, diante do palácio presidencial do Cairo e em várias das 27 províncias do Egito.

Trinta e oito grupos da oposição convocaram protestos para exigir um governo de união nacional, emendas na Constituição redigida por uma comissão dominada pelos islamitas e garantias para preservar a independência do poder judiciário.

Estas manifestações, convocadas sob o lema "Sexta-feira da dignidade", ocorrem dias após a emissão por dois religiosos de fatwas nas quais pediam a morte de líderes opositores, um ato denunciado pela presidência como "terrorismo".

O ministério do Interior reforçou a segurança em torno das residência dos dois principais opositores, Mohamed El Baradei e Hamdeen Sabahi, cujos nomes foram pronunciados por um dos religiosos.

El Baradei, de tendência liberal, e Sabahi, nacionalista de esquerda, são membros da Frente Nacional de Saúde (FSN), principal coalizão de oposição laica, contrária a Mursi.

Na quarta-feira, El Baradei protestou contra a lentidão do governo em reagir à fatwa. "O regime fica calado quando uma nova fatwa autoriza a matar a oposição em nome do islã. A religião não pode ser utilizada e corrompida mais uma vez", afirmou.

Na quinta-feira, o instituto de investigação islâmica Al-Azhar, a mais alta instância do islã sunita estabelecida no Cairo, afirmou que estes editos podem levar "à sedição e à desordem".

Nos últimos meses, o Egito foi palco de protestos, muitas vezes sangrentos, contra Mursi, acusado de trair a revolução que o conduziu ao poder.

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