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Manifestantes contrários e a favor de Mursi se enfrentam

Partidários se enfrentaram atirando pedras uns contra os outros no Cairo, enquanto as forças de segurança disparavam gás lacrimogêneo para tentar dispersá-los


	Membro da Irmandade Muçulmana e apoiador do presidente deposto, Mohamed Mursi, coloca cartazes em um poste de luz durante um protesto em Cairo
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membro da Irmandade Muçulmana e apoiador do presidente deposto, Mohamed Mursi, coloca cartazes em um poste de luz durante um protesto em Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 16h30.

Cairo - Partidários e opositores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi entraram em confronto no centro do Cairo nesta segunda-feira, atirando pedras uns contra os outros, enquanto as forças de segurança disparavam gás lacrimogêneo para tentar dispersá-los, disseram testemunhas.

A televisão estatal disse que uma pessoa morreu e sete ficaram feridas no pior incidente de violência na capital egípcia desde 16 de julho, quando sete pessoas morreram nos confrontos.

Manchas de sangue e vidro quebrado cobriam o chão entre os dois lados que lutavam, e feridos eram retirados do local em motos.

A televisão estatal disse que sete partidários de Mursi foram presos e duas armas foram apreendidas com eles. Um correspondente da Reuters também viu dois ativistas contrários a Mursi segurando armas caseiras. Ambos os lados atiravam rojões.

Algumas centenas de manifestantes que apoiam o movimento Irmandade Muçulmana, de Mursi, pareciam tentar seguir em marcha sobre a praça Tahir, o epicentro de demonstrações gigantescas que levaram o Exército do Egito a derrubar o líder islâmico eleito em 3 de julho.

"Eles dispararam contra nós com espingardas e pistolas. Eles tentaram invadir a praça", disse Tarik Sabir, de 41 anos, funcionário de uma empresa de petróleo que ficou ferido na coxa por um tiro de espingarda.

Cerca de 100 pessoas morreram na violência desde a queda de Mursi no início deste mês -- a maioria, simpatizantes da Irmandade Muçulmana.

Os confrontos de segunda-feira foram o último exemplo de violência na praça Tahir, um ponto central para manifestações desde os protestos em massa que levaram à queda do autocrata Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

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