Manifestantes bloqueiam NY após policial ser inocentado
Júri decidiu não indiciar um policial branco pela morte por asfixia de um homem negro desarmado
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 08h38.
Nova York - Milhares de manifestantes interromperam o tráfego em Nova York na madrugada desta quinta-feira, após um júri decidir não indiciar um policial branco pela morte por asfixia de um homem negro desarmado.
Protestos em grande maioria pacíficos surgiram espontaneamente na quarta-feira à noite em localidades espalhadas por toda ilha de Manhattan, incluindo o terminal Grand Central, a Times Square e as proximidades do Rockefeller Center, após um júri divulgar sua decisão pelo não indiciamento do policial Daniel Pantaleo pela morte de Eric Garner, em julho.
O Departamento de Justiça disse estar conduzindo investigação independente para descobrir se os direitos civis de Garner foram violados. O homem de 43 anos e pai de seis foi acusado de estar vendendo cigarros ilegalmente em uma calçada quando Pantaleo o imobilizou com uma gravata por trás e o derrubou com a ajuda de outros policiais.
A polícia alegou que ele resistiu à prisão. Uma autópsia conduzida pelo serviço médico municipal concluiu que a morte foi um homicídio. O incidente em Staten Island, distrito menos povoado de Nova York, foi filmado e o vídeo rapidamente se espalhou pela Internet, alimentando o debate sobre o abuso da violência pela polícia norte-americana.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a decisão do júri causou a reação daqueles que possuem "a preocupação por parte de muitas comunidades minoritárias em que a aplicação da lei não está funcionando com elas nem lidando com elas de modo justo".
A decisão representa o maior desafio já enfrentado pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que assumiu o cargo em janeiro com a promessa de pacificar as tensas relações entre nova-iorquinos negros e a polícia. Foi o segundo júri em pouco mais de uma semana a não indiciar um policial branco pelo morte de um homem negro desarmado nos EUA.
A decisão do júri sobre a morte a tiros do adolescente negro Michael Brown em Ferguson, no Missouri, provocou uma onda de violência, com lojas incendiadas e saqueadas no subúrbio de St. Louis.
Os protestos em Nova York foram civilizados, embora cerca de 30 pessoas tenham sido presas até a madrugada. A polícia demonstrou claramente contenção ao lidar com os protestos, permitindo que manifestantes bloqueassem o tráfego por um breve período, antes de coagi-los a liberar a passagem dos carros.
O Departamento de Justiça disse que iria investigar o caso de Garner, e um inquérito sobre as circunstâncias do caso de Brown, no Missouri, encontra-se em andamento.
"Nossos procuradores vão conduzir uma investigação independente, extensa, justa e rápida", disse o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, a repórteres em Washington. "Além de conduzir nossa própria investigação, o departamento vai conduzir uma revisão completa do material coletado durante a investigação local."
Juristas dizem que embora não haja nenhuma lei explícita contra sufocamentos por imobilização, o uso desse tipo de abordagem é proibido pelo regulamento da polícia de Nova York.
A violação das regras, no entanto, não constitui um crime necessariamente. O sindicato dos policiais municipais de Nova York disseram que os policiais envolvidos no incidente de Garner agiram dentro do escopo da lei.
Nova York - Milhares de manifestantes interromperam o tráfego em Nova York na madrugada desta quinta-feira, após um júri decidir não indiciar um policial branco pela morte por asfixia de um homem negro desarmado.
Protestos em grande maioria pacíficos surgiram espontaneamente na quarta-feira à noite em localidades espalhadas por toda ilha de Manhattan, incluindo o terminal Grand Central, a Times Square e as proximidades do Rockefeller Center, após um júri divulgar sua decisão pelo não indiciamento do policial Daniel Pantaleo pela morte de Eric Garner, em julho.
O Departamento de Justiça disse estar conduzindo investigação independente para descobrir se os direitos civis de Garner foram violados. O homem de 43 anos e pai de seis foi acusado de estar vendendo cigarros ilegalmente em uma calçada quando Pantaleo o imobilizou com uma gravata por trás e o derrubou com a ajuda de outros policiais.
A polícia alegou que ele resistiu à prisão. Uma autópsia conduzida pelo serviço médico municipal concluiu que a morte foi um homicídio. O incidente em Staten Island, distrito menos povoado de Nova York, foi filmado e o vídeo rapidamente se espalhou pela Internet, alimentando o debate sobre o abuso da violência pela polícia norte-americana.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a decisão do júri causou a reação daqueles que possuem "a preocupação por parte de muitas comunidades minoritárias em que a aplicação da lei não está funcionando com elas nem lidando com elas de modo justo".
A decisão representa o maior desafio já enfrentado pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que assumiu o cargo em janeiro com a promessa de pacificar as tensas relações entre nova-iorquinos negros e a polícia. Foi o segundo júri em pouco mais de uma semana a não indiciar um policial branco pelo morte de um homem negro desarmado nos EUA.
A decisão do júri sobre a morte a tiros do adolescente negro Michael Brown em Ferguson, no Missouri, provocou uma onda de violência, com lojas incendiadas e saqueadas no subúrbio de St. Louis.
Os protestos em Nova York foram civilizados, embora cerca de 30 pessoas tenham sido presas até a madrugada. A polícia demonstrou claramente contenção ao lidar com os protestos, permitindo que manifestantes bloqueassem o tráfego por um breve período, antes de coagi-los a liberar a passagem dos carros.
O Departamento de Justiça disse que iria investigar o caso de Garner, e um inquérito sobre as circunstâncias do caso de Brown, no Missouri, encontra-se em andamento.
"Nossos procuradores vão conduzir uma investigação independente, extensa, justa e rápida", disse o procurador-geral dos EUA, Eric Holder, a repórteres em Washington. "Além de conduzir nossa própria investigação, o departamento vai conduzir uma revisão completa do material coletado durante a investigação local."
Juristas dizem que embora não haja nenhuma lei explícita contra sufocamentos por imobilização, o uso desse tipo de abordagem é proibido pelo regulamento da polícia de Nova York.
A violação das regras, no entanto, não constitui um crime necessariamente. O sindicato dos policiais municipais de Nova York disseram que os policiais envolvidos no incidente de Garner agiram dentro do escopo da lei.