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Manifestações marcam aniversário da devolução de Hong Kong

A tensão é palpável em Hong Kong, depois das revelações explosivas de um livreiro oposicionista sobre seu sequestro e prisão na China

Protesto: "Queremos eleger nosso próprio governo", afirmou um dos manifestantes sob um dos guarda-chuvas amarelos (Bobby Yip / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 14h22.

Manifestantes pró-democracia de Hong Kong realizaram protestos nesta sexta-feira por ocasião do 19º aniversário da devolução da ex-colônia britânica à China , preocupados com o endurecimento do controle por Pequim.

Pela primeira vez, grupos separatistas expressarão seu descontentamento da devolução de Hong Kong à China em 1997 com uma manifestação.

A tensão é palpável em Hong Kong, depois das revelações explosivas de um livreiro oposicionista sobre seu sequestro e prisão na China.

Lam Wing-kee, de 61 anos, desapareceu junto a quatro empregados de uma editora que vendia obras críticas a Pequim.

Este caso causou grande comoção na ex-colônia britânica, onde muitos percebem que a China está endurecendo suas medidas de controle.

"Lam Wing-kee enfrenta uma série de ameaças e não pode comparecer à manifestação", explicou o líder do protesto, Lau Shan-ching, que passou dez anos em uma prisão chinesa como preso político.

A ex-colônia britânica foi devolvida a Pequim em 1º de julho de 1997. Desde então, tem o estatuto de região administrativa especial e goza a princípio de uma ampla autonomia em virtude do modelo "um país, dois sistemas", que vigora até 2047.

"O caso de Lam é uma mensagem muito clara para o mundo: a China destrói o princípio de 'um país, dois sistemas'", declarou Edward Leung, líder do movimento dos Indignados de Hong Kong, um grupo separatista que surgiu em 2015 com o objetivo de defender a autonomia, inclusive a independência de Pequim.

Todos os anos, em 1º de julho, dia do aniversário da devolução de Hong Kong à China, milhares de habitantes saem às ruas para manifestar seu apoio aos valores democráticos.

Apesar da manifestação principal, em que os organizadores preveem a participação de 100.000 pessoas, promete ser pacífica, mas não é possível garantir isso.

Os participantes anunciaram que usarão máscaras e a polícia advertiu que tomará as medidas necessárias para impedir ações ilegais.

"Queremos eleger nosso próprio governo", afirmou um dos manifestantes sob um dos guarda-chuvas amarelos, símbolo do movimento pró-democrático do final de 2014.

No Ano Novo chinês, os separatistas enfrentaram a polícia quando uma manifestação de apoio aos camelôs acabou gerando em confronto.

Em julho de 2015, 48.000 pessoas foram à ruas, o número mais baixo desde 2008, devido ao cansaço dos militantes pró-democracia ante seu fracasso geral.

Em 2014, milhares de militantes tomaram as ruas sem conseguir arrancar qualquer concessão de Pequim sobre suas exigências de um verdadeiro sufrágio universal para as eleições de chefe do executivo em 2017.

"A democracia é o tema que mais preocupa esta geração", declarou à AFP Eva Li, de 20 anos, participante nos protestos.

"Estamos cansados do atual governo", declarou, por sua vez, Jackie Hung, da Frente Civil dos Direitos Humanos.

Os manifestantes querem a demissão d chefe de governo de Hong Kong, Leung Chun-ying, que já deu a entender que vai se apresentar para um segundo mandato em 2017.

Ele e seu governo são considerados marionetes dos dirigentes de Pequim.

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Manifestantes pró-democracia de Hong Kong realizaram protestos nesta sexta-feira por ocasião do 19º aniversário da devolução da ex-colônia britânica à China , preocupados com o endurecimento do controle por Pequim.

Pela primeira vez, grupos separatistas expressarão seu descontentamento da devolução de Hong Kong à China em 1997 com uma manifestação.

A tensão é palpável em Hong Kong, depois das revelações explosivas de um livreiro oposicionista sobre seu sequestro e prisão na China.

Lam Wing-kee, de 61 anos, desapareceu junto a quatro empregados de uma editora que vendia obras críticas a Pequim.

Este caso causou grande comoção na ex-colônia britânica, onde muitos percebem que a China está endurecendo suas medidas de controle.

"Lam Wing-kee enfrenta uma série de ameaças e não pode comparecer à manifestação", explicou o líder do protesto, Lau Shan-ching, que passou dez anos em uma prisão chinesa como preso político.

A ex-colônia britânica foi devolvida a Pequim em 1º de julho de 1997. Desde então, tem o estatuto de região administrativa especial e goza a princípio de uma ampla autonomia em virtude do modelo "um país, dois sistemas", que vigora até 2047.

"O caso de Lam é uma mensagem muito clara para o mundo: a China destrói o princípio de 'um país, dois sistemas'", declarou Edward Leung, líder do movimento dos Indignados de Hong Kong, um grupo separatista que surgiu em 2015 com o objetivo de defender a autonomia, inclusive a independência de Pequim.

Todos os anos, em 1º de julho, dia do aniversário da devolução de Hong Kong à China, milhares de habitantes saem às ruas para manifestar seu apoio aos valores democráticos.

Apesar da manifestação principal, em que os organizadores preveem a participação de 100.000 pessoas, promete ser pacífica, mas não é possível garantir isso.

Os participantes anunciaram que usarão máscaras e a polícia advertiu que tomará as medidas necessárias para impedir ações ilegais.

"Queremos eleger nosso próprio governo", afirmou um dos manifestantes sob um dos guarda-chuvas amarelos, símbolo do movimento pró-democrático do final de 2014.

No Ano Novo chinês, os separatistas enfrentaram a polícia quando uma manifestação de apoio aos camelôs acabou gerando em confronto.

Em julho de 2015, 48.000 pessoas foram à ruas, o número mais baixo desde 2008, devido ao cansaço dos militantes pró-democracia ante seu fracasso geral.

Em 2014, milhares de militantes tomaram as ruas sem conseguir arrancar qualquer concessão de Pequim sobre suas exigências de um verdadeiro sufrágio universal para as eleições de chefe do executivo em 2017.

"A democracia é o tema que mais preocupa esta geração", declarou à AFP Eva Li, de 20 anos, participante nos protestos.

"Estamos cansados do atual governo", declarou, por sua vez, Jackie Hung, da Frente Civil dos Direitos Humanos.

Os manifestantes querem a demissão d chefe de governo de Hong Kong, Leung Chun-ying, que já deu a entender que vai se apresentar para um segundo mandato em 2017.

Ele e seu governo são considerados marionetes dos dirigentes de Pequim.

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