O ex-presidente sofre com problemas respiratórios desde a sua passagem pelas prisões do "apartheid", nas quais passou 27 anos por suas ações contra o regime racista (Rodger Bosch/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 06h50.
Johanesburgo - O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, completa nesta quinta-feira seu sexto dia em um hospital de Pretória, após experimentar ontem a primeira melhora em seu estado de saúde desde que foi internado por uma infecção pulmonar.
"Esperança para o nosso querido Madiba (nome com o qual Mandela é conhecido popularmente na África do Sul)", diz hoje a manchete do jornal "The Times", que reflete o otimismo moderado no país depois que o presidente Jacob Zuma anunciou ontem a melhora.
As boas novas redobraram a esperança de familiares, amigos e compatriotas do primeiro presidente negro da história da África do Sul, que foi hospitalizado no último sábado em estado grave, mas estável.
As homenagens e demonstrações de apoio a Mandela ocorrem por todo o país.
A prefeitura da Cidade do Cabo tornou hoje pública sua intenção de construir uma estátua do ícone da luta contra o "apartheid" em frente à sede do executivo da cidade, onde Mandela fez seu primeiro discurso após sair da prisão em 1990, informou a agência de notícias local "Sapa".
Apesar da renovada esperança, as pessoas mais próximas de Mandela continuam pedindo respeito com a intimidade do prêmio Nobel da Paz de 1993, como fez seu antigo companheiro de luta, o judeu Denis Goldberg.
"Eu gostaria que deixássemos em paz o nosso grande amigo e líder", disse Goldberg em declarações publicadas hoje pelo jornal local "The Star".
Mandela foi internado em quatro ocasiões desde o mês de dezembro.
O ex-presidente sofre com problemas respiratórios desde a sua passagem pelas prisões do "apartheid", nas quais passou 27 anos por suas ações contra o regime racista.
Mandela foi eleito presidente da África do Sul em 1994, após 67 anos de ativismo contra o sistema segregacionista, que começou a ser desmantelado com a sua libertação quatro anos antes.