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Maliki pede às autoridades curdo-iraquianas que entreguem vice-presidente

Tariq Al Hashemi está sob ordem de detenção por seu suposto envolvimento em crimes de terrorismo

Maliki: 'Peço às autoridades da província do Curdistão que entreguem Tariq Al Hashemi às autoridades judiciais em Bagdá que não permitam que ele deixe o país' (Khaled Desouki/AFP)

Maliki: 'Peço às autoridades da província do Curdistão que entreguem Tariq Al Hashemi às autoridades judiciais em Bagdá que não permitam que ele deixe o país' (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 14h19.

Bagdá - O primeiro-ministro iraquiano, Nouri Al Maliki, pediu nesta quarta-feira ao governo do Curdistão do Iraque que entregue o vice-presidente sunita, Tariq Al Hashemi, sobre o qual pesa uma ordem de detenção por seu suposto envolvimento em crimes de terrorismo.

'Peço às autoridades da província do Curdistão que entreguem Tariq Al Hashemi às autoridades judiciais em Bagdá que não permitam que ele deixe o país', disse Maliki em entrevista coletiva em Bagdá transmitida pela emissora de televisão oficial 'Al Iraqiya'.

Hashemi está no Curdistão iraquiano desde que as autoridades locais decretaram na segunda-feira uma ordem de detenção contra ele por supostos delitos de terrorismo.

Na terça-feira, o vice-presidente deu uma entrevista coletiva em Arbil, capital da província, na qual defendeu sua inocência e se mostrou disposto a se apresentar à Justiça, apesar de pedir que o processo judicial seja transferido ao Curdistão e que as investigações estejam sob a supervisão da Liga Árabe e da União de Advogados Árabes.

Maliki antecipou que formará um Executivo de maioria política se não houver um acordo com as outras partes para manter o governo de unidade nacional.

'Uma das necessidades na construção do Estado iraquiano é nos afastarmos da questão dos consensos políticos e nos empenharmos na formação de um governo de maioria política se a Constituição não for respeitada na solução dos problemas', ameaçou.

O atual governo de unidade nacional foi constituído em 21 de dezembro de 2010 após mais de nove meses de vazio governamental, causado pelas divergências entre as diversas forças políticas pelos resultados das eleições parlamentares de março desse ano. 

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