Mali procura cúmplices de ataque a hotel de Bamako
Três países vizinhos, Senegal, Mauritânia e Guiné, se associaram ao luto em memória das 19 vítimas do ataque reivindicado por dois grupos jihadistas diferentes
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 10h53.
Especialistas franceses e da ONU colaboravam na investigação do ataque contra um hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores, anunciou a justiça do Mali, onde teve início nesta segunda-feira um luto de três dias decretado pelo governo.
Três países vizinhos, Senegal, Mauritânia e Guiné, se associaram ao luto em memória das 19 vítimas do ataque reivindicado por dois grupos jihadistas diferentes.
"A investigação avança para encontrar rapidamente os autores e levá-los à justiça", declarou Bubacar Sidiki Samaké, procurador do departamento antiterrorista que comanda os trabalhos.
"O que é evidente é que se beneficiaram de cumplicidades para chegar ao hotel Radisson Blu e tiveram cúmplices para cometer o ataque", declarou.
A investigação segue por "várias pistas" sem quaisquer certezas sobre a nacionalidade dos autores do ataque de sexta-feira reivindicado por dois grupos jihadistas.
Na recepção do hotel os investigadores encontraram uma mala com granadas que foi abandonada pelos criminosos, segundo o procurador.
Especialistas franceses desembarcaram em Bamako para ajudar na identificação dos corpos e a Minusma (Missão da ONU no Mali) também participa na investigação.
O Radisson Blu foi atacado por homens armados que tomaram quase 170 pessoas como reféns, entre clientes e funcionários.
As forças de segurança do Mali, apoiadas por forças especiais francesas, americanas e oficiais da Minusma, libertaram os reféns.
O ataque terminou com 21 mortos: 18 clientes, sendo 14 estrangeiros, um policial malinês e os dois criminosos, segundo o governo.
A Minusma contabilizou 22 mortos, incluindo dois jihadistas.
O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al-Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, com a participação da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).
O Al-Murabitun afirmou que a ação foi executada por duas pessoas, dando a entender que eram naturais do Mali.
A reivindicação em árabe, divulgada pelo canal de televisão Al-Jazeera, os identificou como Abdelhakim al-Ansari e Moez al-Ansari.
"Al-Ansari" é usado na terminologia jihadista para designar os combatentes autóctones.
Outro grupo jihadista, a Frente de Libertação de Macina (FLM), implantado no centro dp país, também reivindicou o atentado.
"A Frente de Libertação de Macina (FLM) reivindica o ataque contra o (hotel) Radisson em Bamako com a colaboração do Ansar Dine", afirma um comunicado, que cita um grupo jihadista do nordeste do país.
O texto é assinado por Ali Hamma, porta-voz do FLM, um grupo criado no início do ano e liderado pelo pregador radical Amadou Koufa.
O FLM indicou que o ataque foi cometido por um comando de cinco homens: dois morreram e três sobreviveram à ação.
Três pessoas suspeitas de envolvimento no atentado estão sendo procuradas, segundo fontes oficiais.
O procurador Samaké afirmou que várias operações foram realizadas em Bamako, mas se recusou a falar de eventuais detenções.
"Nos próximos dias teremos novidades", declarou Samaké, que pediu prudência a respeito das reivindicações, alegando que no momento não pode descartar nenhuma.
Especialistas franceses e da ONU colaboravam na investigação do ataque contra um hotel de Bamako e na busca dos cúmplices dos agressores, anunciou a justiça do Mali, onde teve início nesta segunda-feira um luto de três dias decretado pelo governo.
Três países vizinhos, Senegal, Mauritânia e Guiné, se associaram ao luto em memória das 19 vítimas do ataque reivindicado por dois grupos jihadistas diferentes.
"A investigação avança para encontrar rapidamente os autores e levá-los à justiça", declarou Bubacar Sidiki Samaké, procurador do departamento antiterrorista que comanda os trabalhos.
"O que é evidente é que se beneficiaram de cumplicidades para chegar ao hotel Radisson Blu e tiveram cúmplices para cometer o ataque", declarou.
A investigação segue por "várias pistas" sem quaisquer certezas sobre a nacionalidade dos autores do ataque de sexta-feira reivindicado por dois grupos jihadistas.
Na recepção do hotel os investigadores encontraram uma mala com granadas que foi abandonada pelos criminosos, segundo o procurador.
Especialistas franceses desembarcaram em Bamako para ajudar na identificação dos corpos e a Minusma (Missão da ONU no Mali) também participa na investigação.
O Radisson Blu foi atacado por homens armados que tomaram quase 170 pessoas como reféns, entre clientes e funcionários.
As forças de segurança do Mali, apoiadas por forças especiais francesas, americanas e oficiais da Minusma, libertaram os reféns.
O ataque terminou com 21 mortos: 18 clientes, sendo 14 estrangeiros, um policial malinês e os dois criminosos, segundo o governo.
A Minusma contabilizou 22 mortos, incluindo dois jihadistas.
O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al-Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, com a participação da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).
O Al-Murabitun afirmou que a ação foi executada por duas pessoas, dando a entender que eram naturais do Mali.
A reivindicação em árabe, divulgada pelo canal de televisão Al-Jazeera, os identificou como Abdelhakim al-Ansari e Moez al-Ansari.
"Al-Ansari" é usado na terminologia jihadista para designar os combatentes autóctones.
Outro grupo jihadista, a Frente de Libertação de Macina (FLM), implantado no centro dp país, também reivindicou o atentado.
"A Frente de Libertação de Macina (FLM) reivindica o ataque contra o (hotel) Radisson em Bamako com a colaboração do Ansar Dine", afirma um comunicado, que cita um grupo jihadista do nordeste do país.
O texto é assinado por Ali Hamma, porta-voz do FLM, um grupo criado no início do ano e liderado pelo pregador radical Amadou Koufa.
O FLM indicou que o ataque foi cometido por um comando de cinco homens: dois morreram e três sobreviveram à ação.
Três pessoas suspeitas de envolvimento no atentado estão sendo procuradas, segundo fontes oficiais.
O procurador Samaké afirmou que várias operações foram realizadas em Bamako, mas se recusou a falar de eventuais detenções.
"Nos próximos dias teremos novidades", declarou Samaké, que pediu prudência a respeito das reivindicações, alegando que no momento não pode descartar nenhuma.