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Malaysia confirma 298 pessoas a bordo de voo MH17

O Boeing 777 caiu ontem com 154 holandeses, 43 malaios e 27 australianos

Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que caiu próximo da vila de Grabovo, na Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 06h55.

Bangcoc - A companhia aérea Malaysia Airlines confirmou que 298 pessoas, quatro a mais do que foi informado anteriormente, estavam no avião que caiu no leste da Ucrânia, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

O Boeing 777 do voo MH17 caiu ontem com 154 holandeses, 43 malaios (incluídos os 15 membros da tripulação), 27 australianos, 12 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense e outros 41 que não tiveram sua nacionalidade confirmada.

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O avião, que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, caiu na região leste de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações pela queda da aeronave.

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, lamentou o ocorrido e encarregou uma investigação para esclarecer o acidente do avião, que não enviou um sinal de alarme, segundo o jornal 'The Star'.

Em entrevista coletiva realizada nesta madrugada, Najib disse que a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) tinha declarado segura a rota que passa pelo território ucraniano e também não havia restrições por parte da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês).

O governante malaio explicou que conversou por telefone com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e com o americano Barack Obama. Najib afirmou que os dois concordaram com uma investigação minuciosa do acidente para esclarecer se a aeronave foi abatida.

'Se for confirmado que (o avião) foi abatido, os responsáveis deverão ser levados à Justiça', opinou Najib.

'Este é mais um dia trágico em um ano trágico para a Malásia. Os passageiros do avião eram de muitas nações, mas estamos todos unidos na dor', acrescentou.

A hipótese mais forte é que um míssil terra-ar do tipo BUK (russo) atingiu o avião a 10 mil metros de altitude.

As autoridades ucranianas culpam os separatistas pró-russos, que teriam confundido o avião da Malaysia Airlines com uma aeronave de transporte militar da Força Aérea da Ucrânia, como o Antonov 26 que foi derrubado em uma região rebelde na última segunda-feira.

A Malaysia Airlines informou que o avião, que partiu às 10h15 GMT (7h15 de Brasília) de Amsterdã, caiu a '15 quilômetros da fronteira entre Ucrânia e Rússia' e a companhia aérea perdeu o contato com o voo às 12h15 GMT (9h15 de Brasília).

A OACI afirmou que está 'acompanhando' o acidente do voo MH17 da Malaysia Airlines.

A organização internacional lembrou que 'recentemente emitiu uma carta, advertindo aos Estados-membros e seus operadores aéreos sobre uma situação potencialmente perigosa pela presença de mais de um fornecedor de serviços de tráfego aéreo na Região de Informação de Voo de Simferopol', encarregada do controle do espaço aéreo no local.

A Malásia ainda não se recuperou do desaparecimento de outro voo da Malaysia Airlines, o MH370, que desapareceu dos radares no dia 8 de março (dia 7 no Brasil) com 239 pessoas a bordo.

As informações disponíveis indicam que o destino final dessa aeronave foi a região sul do Oceano Índico, após uma mudança deliberada de sua rota entre Kuala Lumpur e Pequim. Porém, ainda não foi encontrado nenhum vestígio desse avião, também um Boeing 777.

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