Malásia quer triplicar lucros com exploração da madeira
País pretende atingir meta exportando madeira para novos mercados
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2010 às 14h45.
Kuala Lampur - A Malásia quer triplicar suas receitas tiradas da venda da madeira e derivados, a 17 bilhões de dólares até 2020, exportando principalmente para novos mercados como a Rússia, anunciou nesta terça-feira Norchahaya Hashim, diretor do Ministério das Indústrias de Plantação e Matérias-Primas, durante reunião sobre o desmatamento.
O comércio de madeira tropical já representa 5% do PIB da Malásia, que exporta, principalmente, para União Europeia, Estados Unidos e o Japão num total de 19,4 bilhões de ringgit (6,1 bilhões de dólares), em 2009.
"A madeira não é uma indústria em declínio (...) queremos diversificar nossas exportações, principalmente para a Rússia", declarou.
A Malásia desenvolveu numerosas plantações na península assim como na parte que controla em Bornéu, uma ilha que partilha com a Indonésia e o sultanato de Brunei.
O corte ilegal de árvores não é "uma questão maior" na Malásia, onde "representa apenas um percentual da madeira cortada, afirmou Norchahaya.
A organização WWF havia estimado que o desmatamento ilegal representava um terço das exportações de madeira do país nos anos 1990, o que levou Kuala Lumpur a lançar um programa de vigilância por satélite de suas florestas.
A União Europeia decidiu, no início de julho, proibir em seu território o comércio ilegal de madeira, seguindo os Estados Unidos, que haviam votado em 2008 uma lei semelhante.
Segundo a ONU, o volume de madeira dos cortes ilegais representaria entre 350 milhões e 650 milhões de m3 por ano, ou seja entre 20 a 40% da produção mundial de madeira industrial.