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Mais de 700 tunisianas se uniram ao EI na Síria e no Iraque

As mulheres se dedicam a tarefas como a jihad al nikah (jihad do sexo), à medicina e enfermaria, à educação e a trabalhos de coordenação entre terroristas

A Tunísia, com mais de três mil voluntários, é o principal exportador de jihadistas à fileiras do EI, tanto na Síria e no Iraque como na Líbia (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 13h45.

Túnis - Mais de 700 mulheres tunisianas foram recrutadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico e combatem na Síria e Iraque sob sua bandeira, revelou nesta sexta-feira a presidente do Centro Internacional de Estudos Estratégicos (CIES) da Tunísia, Badra Galul.

Em entrevista coletiva, Galul ressaltou, além disso, que outras 105 tunisianas estão atualmente na prisão em seu país por delitos vinculados ao jihadismo, e que as forças de segurança impediram que outras 1.200 deixassem o território para somar-se às fileiras do autoproclamado califa Abu Bakr al Baghdadi.

A especialista, que encerrou hoje um fórum intitulado "O papel das mulheres nas organizações terroristas", explicou que as tunisianas que estão sob a tutela do EI "se dedicam a tarefas como a jihad al nikah (jihad do sexo), à medicina e enfermaria, à educação e a trabalhos de coordenação entre terroristas".

Fontes médicas confirmaram à Agência Efe que, até o momento, se tem constância do retorno de mais 50 tunisianas que tinham se unido ao EI no Iraque e na Síria e que voltaram para casa grávidas após terem participado dessa "jihad sexual".

As autoridades sanitárias tunisianas assumem a responsabilidade por esses bebês quando nascem e cuidam deles em um centro de acolhimento infantil na capital Túnis, já que as famílias das jovens não costumam aceitá-las quando voltam com filhos.

O Estado tunisiano considera, além disso, que esta é a via mais efetiva para reinserir estas jovens na sociedade e evitar que transformem seus filhos em futuros combatentes.

Até agora se tinha informado que a Tunísia, com mais de três mil voluntários, é o principal exportador de jihadistas à fileiras do EI, tanto na Síria e no Iraque como na Líbia, país este último onde ocupam cargos de responsabilidade.

Cerca de uma centena desses homens retornados estão agora na prisão enquanto outros estão sujeitos a um sistema de controle administrativo por parte do Ministério do Interior, que lhes obriga a apresentar-se de maneira regular em delegacias ou tribunais.

Os demais acredita-se que se refugiaram nas montanhas de Chambi, na região de Kasserine, uma conflituosa área limítrofe com a Argélia que se transformou em ponto de encontro e treinamento de jihadistas procedentes de todos os países do Sahel.

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Em entrevista coletiva, Galul ressaltou, além disso, que outras 105 tunisianas estão atualmente na prisão em seu país por delitos vinculados ao jihadismo, e que as forças de segurança impediram que outras 1.200 deixassem o território para somar-se às fileiras do autoproclamado califa Abu Bakr al Baghdadi.

A especialista, que encerrou hoje um fórum intitulado "O papel das mulheres nas organizações terroristas", explicou que as tunisianas que estão sob a tutela do EI "se dedicam a tarefas como a jihad al nikah (jihad do sexo), à medicina e enfermaria, à educação e a trabalhos de coordenação entre terroristas".

Fontes médicas confirmaram à Agência Efe que, até o momento, se tem constância do retorno de mais 50 tunisianas que tinham se unido ao EI no Iraque e na Síria e que voltaram para casa grávidas após terem participado dessa "jihad sexual".

As autoridades sanitárias tunisianas assumem a responsabilidade por esses bebês quando nascem e cuidam deles em um centro de acolhimento infantil na capital Túnis, já que as famílias das jovens não costumam aceitá-las quando voltam com filhos.

O Estado tunisiano considera, além disso, que esta é a via mais efetiva para reinserir estas jovens na sociedade e evitar que transformem seus filhos em futuros combatentes.

Até agora se tinha informado que a Tunísia, com mais de três mil voluntários, é o principal exportador de jihadistas à fileiras do EI, tanto na Síria e no Iraque como na Líbia, país este último onde ocupam cargos de responsabilidade.

Cerca de uma centena desses homens retornados estão agora na prisão enquanto outros estão sujeitos a um sistema de controle administrativo por parte do Ministério do Interior, que lhes obriga a apresentar-se de maneira regular em delegacias ou tribunais.

Os demais acredita-se que se refugiaram nas montanhas de Chambi, na região de Kasserine, uma conflituosa área limítrofe com a Argélia que se transformou em ponto de encontro e treinamento de jihadistas procedentes de todos os países do Sahel.

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