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Mais de 65 mil participam de manifestação pró-Crimeia

Mais de 65 mil pessoas se reuniram em Moscou para um evento em apoio aos habitantes da Crimeia

Manifestantes em Moscou em apoio aos habitantes da Crimeia: Parlamento local da Crimeia pediu a Vladimir Putin que anexe a península ucraniana à Rússia (Vasily Maximov/AFP)

Manifestantes em Moscou em apoio aos habitantes da Crimeia: Parlamento local da Crimeia pediu a Vladimir Putin que anexe a península ucraniana à Rússia (Vasily Maximov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 12h55.

Moscou - Mais de 65 mil pessoas se reuniram em Moscou nesta sexta-feira para um evento em apoio aos habitantes da Crimeia, península ucraniana cujas autoridades pró-Rússia pediram a anexação à Rússia, informou a polícia de Moscou.

Exibindo bandeiras russas e cartazes proclamando "A Crimeia é terra russa" ou "Crimeia, estamos com você", eles assistiram, logo atrás da Praça Vermelha a dois passos do Kremlin, um concerto que começou com uma música patriótica intitulada "Officiers", interpretada pela estrela pop russa Oleg Gazmanov.

Uma delegação do Parlamento local da Crimeia, que se reuniu com parlamentares russos durante a manhã manhã, se juntou ao espetáculo e exibiu uma faixa com a frase "Estamos juntos".

"Olá Crimeia! Ontem tomamos uma decisão histórica sobre a realização de um referendo", declarou o presidente do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, antes de ser aplaudido pela multidão que gritava "Bravo!".

"A Rússia não nos abandonará", acrescentou, pedindo apoio a todos os ucranianos, vítimas, segundo ele, de um governo "ilegítimo".

Dominada por pró-russos, o Parlamento local da Crimeia pediu na quinta-feira a Vladimir Putin que anexe a península ucraniana à Rússia e anunciou a organização de um referendo em 16 de março a este respeito.

Os eleitores deverão escolher entre uma anexação à Rússia ou uma maior autonomia.

O Parlamento russo declarou nesta sexta-feira que apoiaria a "escolha histórica" ​​da Crimeia.

O presidente russo Vladimir Putin discutiu a questão com seu Conselho de Segurança.

Já o presidente ucraniano interino, Olexander Turtchinov, denunciou "um crime contra a Ucrânia cometido pelos militares russos" e anunciou o lançamento de um processo de dissolução do Parlamento da península.

Europeus e americanos também condenaram a decisão e anunciaram novas sanções diplomáticas e econômicas contra Moscou.

A Crimeia foi "dada" em 1954 à Ucrânia Soviética por Nikita Khrushchev, ele próprio originário da Ucrânia. Para evitar tentações separatistas, a Ucrânia, independente após a dissolução da URSS em 1992, concedeu o status de república autônoma.

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