Mais de 25% da população somali requer ajuda humanitária
Segundo representante da Organização Mundial da Saúde, dois milhões de pessoas precisariam de ajuda humanitária no país
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 13h18.
Genebra, 10 dez (EFE).- Cerca de 2 milhões de somalis, cerca de 27% da população da Somália, requerem ajuda humanitária, alertou nesta sexta-feira a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesse país, Marthe Everard.
Entre este número de necessitados se incluem quase 1,5 milhão de refugiados internos que existem na Somália e que transformam o país africano em um dos que mais refugiados tem no mundo.
Everard destacou que o conflito civil latente na Somália causou neste ano mais de 500 mortes. Em apenas três hospitais de Mogadíscio, foram contabilizados 7 mil feridos, dos quais um em cada cinco eram crianças, e um em cada três eram mulheres.
"O conflito, com frequência, obstrui o acesso ao atendimento sanitário, à água limpa, à educação, aos abrigos de emergência, e certamente à comida", explicou a representante da OMS na Somália.
Um dos grandes problemas do país é a falta de funcionários de saúde, pois na Somália, com pouco mais de 8 milhões de habitantes, só há cerca de 250 médicos e 860 enfermeiros.
Na Tunísia, por exemplo, um país com população semelhante à da Somália, há 13.300 médicos e 28.500 enfermeiros, comentou Everard na sede europeia das Nações Unidas.
Fruto destas carências sanitárias, uma em cada cinco crianças somalis morrem antes de completar cinco anos.